Mortalidade infantil: comparação entre duas coortes de nascimentos do Sudeste e Nordeste do Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Revista de Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

2004-12

RESUMO

OBJETIVO: Obter estimativas populacionais e fatores de risco de mortalidade infantil em coortes de nascimentos e comparar esses fatores entre cidades de diferentes regiões do País. MÉTODOS: Em Ribeirão Preto, SP, a mortalidade infantil foi avaliada em 1/3 dos nascidos vivos hospitalares (2.846 partos únicos) em 1994. Em São Luís, MA, foi feita amostragem sistemática de partos estratificada por maternidade (2.443 partos únicos) em 1997/98. As mães responderam a questionários padronizados logo após o parto e as informações sobre os óbitos foram coletadas nos hospitais, nos cartórios e nas secretarias estaduais de saúde. Risco relativo (RR) e intervalo de confiança de 95% foram estimados pela regressão de Poisson. RESULTADOS: O coeficiente de mortalidade infantil (CMI) em São Luís foi 26,6/1.000 nascidos vivos, o coeficiente de mortalidade neonata (CMN)l 18,4/1.000 e o coeficiente de mortalidade pós-neonatal (CMPN) 8,2/1.000, valores superiores aos de Ribeirão Preto, com CMI 16,9/1.000, CMN 10,9/1.000,CMPN 6,0/1.000. Na análise ajustada, nas duas cidades, natimorto prévio (RR=3,67 vs 4,13) e idade materna <18 anos (RR=2,62 vs 2,59) foram fatores de risco para a mortalidade infantil. Apenas em São Luís, o pré-natal inadequado (RR=2,00) e o sexo masculino (RR=1,79) foram fatores de risco, e domicílios com 5 ou mais moradores foram fatores protetores (RR=0,53). Em Ribeirão Preto, o hábito materno de fumar foi associado à mortalidade infantil (RR=2,64). CONCLUSÕES: Além de desigualdades socioeconômicas, diferenças no acesso e na qualidade da atenção médica entre as cidades influenciaram as taxas de mortalidade infantil.

ASSUNTO(S)

mortalidade infantil coeficiente de mortalidade mortalidade neonatal mortalidade pós-neonatal fatores socioeconômicos fatores de risco recém-nascido de baixo peso

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