Mortalidade pela doença cerebrovascular em São Paulo (1997-2003): descrição utilizando a Décima Classificação Internacional de Doenças

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos de Neuro-Psiquiatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2004-12

RESUMO

A mortalidade pela doença cerebrovascular (DCV) é ainda elevada no Brasil quando comparada a outros países. O município de São Paulo tem um sistema de informação de mortalidade de boa qualidade que nos permite avaliar a epidemiologia da DCV. O objetivo do estudo foi descrever o padrão por gênero e faixa etária do diferentes tipos de doença DCV. Para essa tarefa, as informações de mortalidade foram estratificadas por gênero e faixas etárias decenais desde os 30-39 anos de idade até os 70-79 anos de idade. Para evitar flutuações ocasionais, calculou-se a média dos óbitos ocorridos no período de 1997 a 2003.As taxas de mortalidade foram calculadas usando-se a população determinada no Censo de 2000. A proporção de mortes por DCV em comparação com o total de óbitos de origem cardiovascular foi maior entre as mulheres, principalmente na meia idade. Por outro lado, a diferença do risco de morte por entre homens e mulheres aumentou progressivamente com o avançar da idades, com os homens apresentando sempre os valores mais elevados. A DCV não especificada como isquêmica ou hemorrágica foi a causa mais comum de morte por DCV a partir dos 60 anos. No entanto, a hemorragia intracerebral foi a causa mais freqüente para ambos os sexos dos 30 aos 59 anos. A hemorragia subaracnoídea foi causa muito mais freqüente entre mulheres do que em homens. A razão entre mortes por DCV isquêmica em relação a hemorrágica (ambos subtipos) foi 0,59 para homens e 0,56 para mulheres. Concluindo, a magnitude dos tipos hemorrágicos da DCV é ainda bastante elevada em São Paulo quando comparada a de outros países.

ASSUNTO(S)

doença cerebrovascular mortalidade classificação de doenças epidemiologia

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