Mortalidade perinatal e desigualdades socioespaciais

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Latino-Am. Enfermagem

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-09

RESUMO

OBJETIVO: analisar as desigualdades sociais constatadas na distribuição da mortalidade perinatal em Belo Horizonte. MATERIAIS E MÉTODOS: estudaram-se os óbitos perinatais de residentes em Belo Horizonte, no período de 2003 a 2007, com base nos sistemas de informação sobre mortalidade e nascidos vivos e utilizaram-se a análise espacial e o índice de vulnerabilidade à saúde para identificar desigualdades existentes nos distritos sanitários, nas áreas de abrangências e de risco, determinadas pelo odds ratio e valor p<0,05, tendo-se procedido à análise multivariada para descrever um modelo referente à mortalidade perinatal. RESULTADOS: evidenciou-se variação nas taxas de mortalidade perinatal por mil nascimentos totais nos distritos sanitários (12,5 a 19,4), áreas de abrangência 5,3 a 49,4) e áreas de risco (13,2 a 20,7). A taxa de mortalidade reduziu-se à medida que aumentou a escolaridade materna. As taxas de morte decorrentes da asfixia/hipóxia e a morte fetal não especificada foram crescentes com o aumento do risco da área. CONCLUSÃO: constatou-se que as mortes perinatais se distribuem de forma diferenciada em relação ao espaço e às vulnerabilidades sociais e que, portanto, o enfrentamento desse complexo problema requer o estabelecimento de parcerias intersetoriais.

ASSUNTO(S)

mortalidade perinatal desigualdades em saude distribuicao espacial da populacao enfermagem em saude publica

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