Mudanças na função ovariana e cervical nos primeiros dias apos a injeção de 150mg de acetato de medroxiprogesterona na segunda metade da fase proliferativa

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1996

RESUMO

Este estudo descritivo avaliou 29 mulheres que receberam uma injeção intramuscuiar de 150mg de acetato de medroxiprogesterona (AMP-D). O objetivo foi estudar o tempo até a instalação das mudanças provocadas na função ovariana e cervical em mulheres que receberam a injeção entre os dias 8 e 13 do ciclo menstrual. Foram coletadas amostras de muco cervical imediatamente antes da injeção e 6, 12, 24 horas, três e sete dias após. Estradiol, LH e progesterona foram medidos em amostras colhidas antes e um, três e sete dias após a injeção. Foi realizado ultra-som pélvico para medida dos folículos ovarianos nos mesmos dias em que foi coletado sangue. Quatro mulheres iniciaram o AMP-D no oitavo dia do ciclo, e cinco em cada dia, do 9° até o 13° dia. Apesar da ovulação ter sido observada em 45% dos casos, as mulheres com escore do muco cervical até 4 no momento da injeção tiveram muco hostil e pénetração espermática nula ou pobre 12 horas após a injeção. Na maioria das mulheres com escore inicial maior que 4, este tempo foi em torno de 24 horas. Entretanto, foram observados casos onde este período foi maior que três dias, motivo pelo qual se conclui que o tempo até que o AMP-D exerça seu efeito anticoncepcional seja maior nestes casos. Baseando-se nestes achados, propõe-se testar o uso do escore do muco cervical como parâmetro clínico para orientar as mulheres que receberão a primeira injeção do AMP-D após o sétimo dia do ciclo, sobre o tempo necessário de abstinência sexual ou de uso de um método adicional após a administração do AMP-D.

ASSUNTO(S)

anticoncepcionais planejamento familiar hormonios

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