Nem criadores, nem criaturas: éramos todos devires na produção de diferentes saberes

AUTOR(ES)
FONTE

Psicologia & Sociedade

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-04

RESUMO

O presente trabalho fala de um relato sobre os jovens pobres inscritos em uma experiência de formação profissional em uma unidade militar no Rio de Janeiro. Pretendemos apontar como a instauração de uma pesquisa em devir, implicada com outro modo de conhecer, era a expressão das rupturas, das intensidades, dos atravessamentos, da recusa à neutralidade, sobre o saber e o fazer da psicologia e da educação, e que nos constituía no instante da pesquisa. Tomamos, como referente na produção de um modo sensível de pesquisar, alguns conceitos-ferramentas da Análise Institucional, fundamentais para pôr em análise este estabelecimento militar que atravessa e produz um "modo-jovem-trabalhador". Destacamos, expressivamente, que a produção de conhecimento se deu no momento em que tentávamos desconstruir saberes e práticas que os jovens experimentavam no projeto, objetivando potencializar sentidos múltiplos, diversos, a partir do diálogo, da experiência e dos encontros potentes com eles. O diário de campo, uma das ferramentas da Análise Institucional, ao traduzir o cotidiano denso trazido pelos jovens, nos permitiu o registro de memória sobre tantas vidas, não apenas a nossa, também a dos educadores e a dos responsáveis pelo projeto.

ASSUNTO(S)

pesquisador implicação devir

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