Neurite silenciosa na hanseníase multibacilar avaliada através da evolução das incapacidades antes, durante e após a poliquimioterapia
AUTOR(ES)
Pimentel, Maria Inês Fernandes, Nery, José Augusto da Costa, Borges, Esther, Rolo, Rosângela, Sarno, Euzenir Nunes
FONTE
Anais Brasileiros de Dermatologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2004-04
RESUMO
FUNDAMENTOS: A neurite silenciosa é definida como deterioração da função nervosa na ausência de dor neural, diferenciando-se da neurite franca, em que ocorre dor no nervo periférico, com ou sem prejuízo da função nervosa. Sua detecção precoce é importante para tentar impedir o estabelecimento de seqüelas decorrentes da hanseníase. OBJETIVOS: Conhecer a freqüência das neurites silenciosas em portadores de formas multibacilares de hanseníase. MÉTODOS: Cento e três pacientes (18,4% BB, 47,6% BL e 34% LL) foram acompanhados durante o período médio de 64,6 meses a partir do momento do diagnóstico, durante e após a poliquimioterapia, por meio da avaliação do grau de incapacidade. RESULTADOS: Foram analisados doentes que tiveram piora do grau de incapacidade no término de tratamento, ou ao fim do seguimento, em relação ao grau manifestado antes do tratamento ou no término do tratamento medicamentoso. Ao todo, pelo menos cinco pacientes (4,9% do total) evoluíram com neurite silenciosa, durante ou após a poliquimioterapia. CONCLUSÃO: Preconiza-se exame neurológico seqüencial cuidadoso dos pacientes multibacilares, de modo a detectar e tratar precocemente a neurite silenciosa.
ASSUNTO(S)
avaliação da deficiência hanseníase neurite
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