Níveis de lisina em rações para fêmeas suínas dos 15 aos 95 kg / Lysine requirement for gilts from 15 to 95 kg

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Com o objetivo de determinar os níveis de lisina digestível para fêmeas suínas de alto potencial genético para deposição de carne magra na carcaça, dos 15 aos 95 kg de peso, foram conduzidos três experimentos. No experimento I, foram utilizadas 50 fêmeas suínas de linhagem comercial, dos 15 aos 30 kg, distribuídas em delineamento experimental de blocos ao acaso com cinco tratamentos (0,88, 0,98, 1,08, 1,18 e 1,28% de lisina digestível), seis repetições e dois animais por unidade experimental. Os tratamentos influenciaram quadraticamente a conversão alimentar e, linearmente, o consumo diário de lisina, não havendo efeito sobre o ganho de peso diário e consumo de ração. Concluiu-se que o nível de 1,08% de lisina digestível, correspondente a um consumo de 11,60 g/dia de lisina digestível, proporcionou os melhores resultados de desempenho para fêmeas suínas de alto potencial genético para deposição de carne magra na carcaça dos 15 aos 30 kg. No experimento II, foram utilizadas 50 fêmeas suínas de linhagem comercial, dos 30 aos 60 kg, distribuídas em delineamento experimental de blocos ao acaso com cinco tratamentos (0,83, 0,93, 1,03, 1,13 e 1,23% de lisina digestível) cinco repetições e dois animais por unidade experimental. Os níveis de lisina influenciaram a conversão alimentar e o consumo de lisina de forma quadrática e linear, respectivamente, mas não influenciaram o ganho de peso diário e o consumo de ração. Quanto às características de carcaça foi observado efeito linear dos níveis de lisina sobre a taxa de deposição de proteína diária, no entanto, os dados ajustados pelo modelo Linear Response Plateau indicaram o nível estimado de 1,09% para melhor deposição de proteína diária. Não foi observado efeito dos tratamentos sobre a taxa de deposição diária de gordura. Concluiu-se que, o nível de 1,11% de lisina digestível, correspondente a um consumo de 23,62 g/dia de lisina digestível, proporcionou os melhores resultados de desempenho de fêmeas suínas de alto potencial genético para deposição de carne magra na carcaça, dos 30 aos 60 kg e o nível de 1,09% de lisina digestível, que corresponde a um consumo de lisina digestível de 23,22 g/dia na ração, proporcionou os melhores resultados para características de carcaça. No experimento III, foram utilizadas 70 fêmeas suínas de linhagem comercial, dos 60 aos 95 kg, distribuídas em delineamento experimental de blocos ao acaso com cinco tratamentos (0,73, 0,83, 0,93, 1,03 e 1,13% de lisina digestível) sete repetições e dois animais por unidade experimental. Não houve efeito dos níveis de lisina digestível sobre o consumo de ração diário e ganho de peso diário. Houve efeito quadrático dos tratamentos sobre a conversão alimentar e efeito linear sobre o consumo diário de lisina. Com relação às características de carcaça, não houve efeito dos níveis de lisina na ração sobre a espessura de toucinho, no entanto foi observado efeito significativo dos tratamentos sobre a área de olho de lombo. Concluiu-se que o nível de 0,99% de lisina digestível correspondente ao consumo de lisina digestível de 24,67 g/dia, proporcionou os melhores resultados de desempenho, no entanto, o nível de 0,93% proporcionou os melhores resultados para características de carcaça para fêmeas suínas de alto potencial genético para deposição de carne magra na carcaça, dos 60 aos 95 kg. Concluiu-se que os níveis de lisina digestível que proporcionaram os melhores resultados para fêmeas suínas com alto potencial genético para deposição de carne magra na carcaça, foram, 1,08% para animais dos 15 aos 30 kg; 1,11 e 1,09% para, respectivamente, características de desempenho e carcaça de animais dos 30 aos 60 kg; 0,99 e 0,93%, respectivamente, para características de desempenho e carcaça de animais dos 60 aos 95 kg.

ASSUNTO(S)

lysine microbiota microbiota nutricao e alimentacao animal carbohydrates lisina carboidratos

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