Níveis glicêmicos usados para o diagnóstico do diabetes mellitus alteram a função endotelial? Estudo em rim isolado de coelhos normais

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2003-12

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar os efeitos agudos de concentrações de glicose usadas para o diagnóstico do diabetes mellitus, na reatividade vascular (RV) de rim isolado de coelhos normais. METODOLOGIA: Rins isolados de coelhos normais foram agudamente expostos (3hs) a concentrações normais (5,5mM) e elevadas (7, 7,8 e 11,1mM) de glicose. A RV foi avaliada com acetilcolina. RESULTADO: Houve redução significativa na vasodilatação dependente do endotélio no grupo com glicose 11,1mM em comparação ao controle (redução máxima na pressão de perfusão de 24±3 vs. 41±4%; p<0,05), mas não ocorreram diferenças significativas entre os grupos com glicose 7 e 7,8mM e o controle (reduções máximas na pressão de perfusão de 39±4 e 34±3, respectivamente, vs. 41±4%, p>0,05). CONCLUSÃO: Níveis de glicose utilizados para o diagnóstico pós-TOTG de DM são capazes de provocar alterações agudas na RV. Estes efeitos não foram observados com os valores diagnósticos de jejum. Especulamos que a glicemia pós-TOTG possa estar mais relacionada com a presença de disfunção endotelial do que os níveis diagnósticos de jejum e, por isto, se correlacione melhor com o risco cardiovascular.

ASSUNTO(S)

endotélio hiperglicemia reatividade vascular circulação renal

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