O Chimó, uma Preparação de Tabaco sem Fumaça, está Associado a uma Frequência mais Baixa de Hipertensão em Indivíduos com Diabetes Tipo 2
AUTOR(ES)
González-Rivas, Juan P., Santiago, Raul José García, Mechanick, Jeffrey I., Nieto-Martínez, Ramfis
FONTE
Int. J. Cardiovasc. Sci.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-09
RESUMO
Resumo Fundamentos: O uso do tabaco e a hipertensão arterial sistêmica (HAS) são as principais causas preveníveis de morte a nível global. O tabaco é apresentado nas formas com ou sem fumaça (TSF). O uso do TSF tem sido relacionado à doença cardiovascular, diabetes tipo 2 (DM2) e câncer. Na Venezuela, o chimó é a preparação de TSF mais comum e a sua relação com a HAS é desconhecida. Objetivo: Avaliar a relação entre o uso de chimó e HAS em uma população com alta prevalência de uso de TSF na Venezuela. Métodos: Entre 2013-2014, um total de 1.938 indivíduos com 20 anos ou mais foram avaliados consecutivamente em um centro médico. Foram obtidas medidas antropométricas e de pressão arterial (PA), além de respostas a um questionário padrão. Resultados: Os participantes tinham uma média de idade de 49,2 anos, 59,5% eram do sexo feminino, 38,9% apresentavam HAS, 23,2% relataram uso de TSF e 11,6% relataram ter DM2. Um terço dos indivíduos com DM2 eram usuários de TSF, e este grupo mostrou valores mais baixos de frequência cardíaca, PA sistólica, índice de massa corporal (IMC) e frequência de HAS quando comparado a sujeitos com DM2 não usuários de TSF (p < 0,05). Em indivíduos com DM2 com 50 anos ou mais, o uso de TSF foi associado a uma frequência 69% mais baixa de HAS quando comparados a indivíduos que não usavam TSF. Em regressão logística ajustada pela frequência cardíaca, idade, ocorrência de DM2, sobrepeso/obesidade e história familiar de HAS, o uso de TSF esteve associado a uma frequência 30% mais baixa de HAS (razão de chances 0,70; intervalo de confiança de 95% 0,55 - 0,90). Conclusão: O chimó, um TSF frequentemente utilizado na região dos Andes na Venezuela, está associado a valores mais baixos de PA, frequência cardíaca, IMC e frequência mais baixa de HAS em indivíduos com DM2 com mais de 50 anos. Esta associação contraintuitiva negativa entre o chimó e alguns fatores de risco cardiometabólicos realça o caráter complexo destas relações e a necessidade de estudos adicionais.
ASSUNTO(S)
uso de tabaco produtos do tabaco hipertensão doença da artéria coronariana venezuela
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