O efeito da suplementação com Manihot esculenta crantz sobre o desempenho animal e carga parasitária em ovinos em crescimento / Feed supplementation effect of Manihot esculenta crantz on animal performance and parasite load in growing sheep

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

O experimento foi realizado com o objetivo de estudar a atividade anti-helmíntica da planta integral de Manihot esculenta Crantz (Mandioca) e o efeito da sua utilização como suplemento na resposta animal medida em termos do desempenho, resposta imune e alguns parâmetros metabólicos. Os tratamentos aplicados consistiram em três práticas de manejo alimentar que incluíram oferta de dois tipos de dietas e o uso ou não de anti-helmíntico comercial. As dietas foram fornecidas a três grupos compostos por seis animais cada um, assim T1, feno + suplemento convencional com a utilização de anti-helmíntico comercial; T2, feno + suplemento alternativo (formulado a partir de folha, raiz de mandioca e minerais); e T3, feno + suplemento convencional sem a aplicação de anti-helmíntico comercial. O período experimental teve uma duração de 90 dias com uma amostra de 18 ovinos machos inteiros da raça Texel, seis animais por tratamento, com peso médio de 32 ± 1,96 kg, distribuídos aleatoriamente em 18 baias individuais com livre acesso á água. O ganho médio diário (GMD) foi analisado num delineamento completamente casualizado e os dados de consumo de feno, suplemento, ovos de helmintos por grama de fezes (OPG) e parâmetros sanguíneos foram analisados como medidas repetidas no tempo na mesma unidade experimental. O consumo de feno foi de 49.15, 44.97 e 55,28 g/UTM (P<.0001). O consumo de suplemento foi influenciado pelo período sendo que foi detectada interação significativa (P<.0001) com médias de consumo de 20.71, 46.34 e 55.67 g/UTM; o ganho médio diário (GMD) foi de 0.088, 0.053, 0.100 kg/dia (P=0,0669) para os tratamentos T1,T2 e T3 respectivamente. As avaliações parasitológicas evidenciaram um OPG significativamente diferente quando comparados os tratamentos T2 e T3 em relação ao T1 com medicação anti-helmíntica. A interação tratamento-período também influenciou a resposta a nível hematológico e bioquímico (P= 0,005) dos animais avaliados. Ambas as dietas avaliadas tiveram efeitos semelhantes sobre o OPG. Já em termos dos parâmetros sangüíneos a suplementação possibilitou que animais mesmo infectados não desenvolvessem a parasitose. O gênero mais susceptível à ação da mandioca foi a larva do gênero Ostertágia. Nas condições do presente experimento verificou-se que a atividade anti-helmíntica da suplementação com Manihot esculenta Crantz não se diferenciou dos efeitos da suplementação convencional sem medicação anti-helmíntica.

ASSUNTO(S)

produção animal ovino nutricao animal

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