O efeito toxico do Al3+ em raizes de milho e em celulas V79 e a participação da parede celular na tolerancia ao cation
AUTOR(ES)
Pedro Henrique Pacheco de Almeida Schildknecht
DATA DE PUBLICAÇÃO
2002
RESUMO
O íon AI3+ é um agente tóxico relacionado-s com a baixa produtividade agrícola de cereais em solos ácidos e com doenças degenerativas em animais. O objetivo deste trabalho foi examinar os- efeitos tóxicos do A13+ em plantas de milho sensíveis e tolerantes ao AI3+ e - também em células animais em cultura. Foi verificada a ligação do AI3+ com o DNA,causando neste uma perda de viscoelasticidade e a formação de precipitados cuja morfologia variou em consequência à quantidade de DNA e AI3+ disponíveis. Um modelo de interação AI-DNA foi proposto com base nos resultados obtidos neste trabalho. A análise das paredes celulares vegetais demonstrou a existência de uma maior disponibilidade de radicais aniônicos em plantas sensíveis ao Af+ do que em plantas tolerantes ao íon. Um aumento da birrefringência das paredes em plantas sensíveis ao Al3+foi observado após tratamento com AICh. Isto foi confirmado por microscopia de força atômica em membranas de celulose de Acetobacter xy/inum desenvolvidas em meio contendo AI3+. A composição do revestimento extracelular da raiz foi determinada como sendo principalmente de celulose. Nossos resultados indicam que a parede celular é capaz de influenciar a tolerância da plaritaaoAI3+. Em plantas sensíveisaoAI3+, o cátion-desencadeou um processo de morte celular nas raízes, levando à inibição permanente de seu crescimento. A morte destas células apresentou características típicas de apoptose, mas não a fragmentação ordenada da cromatina. Isto sugere a existência de mecanismos alternativos de morte celular em vegetais. Em células animais, a morte celular foi observada em consequência da presença de AICh em concentrações variando de 10-8 M a1ey-3 M.Contudo, a ocorrência deapoptosesedeuc:ipenas em [AICbl <10-5M e necrosefoí observada nas demaisIAICI3]. Comprovou-seque o AI3+ pode induzir diferentes mecanismos de morte celular em decorrência de sua disponibilidade no meio. Este não é um evento comum, visto que outras drogas, como a violaceína, induzem apenas morte apoptótica independentemente de sua concentração
ASSUNTO(S)
milho celulas - mortalidade aluminio
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000272469Documentos Relacionados
- Papel da proteina tirosina fosfatase de celulas V79 na resposta ao estresse causado pelo peroxido de hidrogenio
- Tolerância ao alagamento e alterações de parede celular em mesocótilo de milho durante hipoxia
- Relação entre estresse oxidativo e a tolerancia ao aluminio (Al3+) em milho
- Herança da tolerância à toxidade ao alumínio (Al³+) em milho e identificação de regiões cromossomicas associadas ao caráter
- Avaliação da produtividade de linhagens recombinantes contrastantes para gene de tolerância ao Al tóxico em sorgo - AltSB.