O ensino de história e a formação para a democracia

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Este trabalho é um estudo de caso sobre como o ensino de História pode favorecer a formação para a democracia. O recorte escolhido para o estudo empírico consiste nas relações entre o professor de História e os alunos de uma turma do ensino fundamental, ao longo de aproximadamente dois anos. A análise é focada no desenvolvimento moral do grupo, e o referencial teórico é a epistemologia genética de Jean Piaget. Partindo da definição de democracia como um conjunto de regras consensuais de procedimento para a formação das decisões políticas, o professor-pesquisador criou situações em aula que favorecessem a superação, pelos alunos, das atitudes egocêntricas (descentração), a constituição de relações de respeito mútuo (cooperação) e a constituição da autonomia moral e cognitiva. Os conteúdos da disciplina de História são instrumentos para as descentrações, e a cooperação em aula cria as condições para a construção do conhecimento. Os resultados indicam que o educador precisa intervir propondo ações coletivas para promover o desenvolvimento moral. Por outro lado, as tomadas de consciência do próprio professor-pesquisador são relevantes para compreender os processos de aprendizagem dos alunos e para intervir de maneira mais eficaz (e cooperativa) no ambiente escolar.

ASSUNTO(S)

learning história cooperation ensino fundamental autonomy democracia grasp of consciousness aprendizagem relação professor-aluno social interaction desenvolvimento moral elementary school history teaching autonomia cooperação respeito mútuo sala de aula

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