O esvaziamento cervical e a conservação da veia jugular interna, do musculo esternocleidomastoideo e do nervo espinal acessorio no tratamento dos pacientes portadores de carcinoma epidermoide da laringe ou da hipofaringe : analise prospectiva de 115 casos
AUTOR(ES)
Marcos Brasilino de Carvalho
DATA DE PUBLICAÇÃO
1993
RESUMO
Estudo prospectivo de 115 pacientes consecutivos portadores de carcinoma epidermóide da laringe ou da hipofaringe, atendidos no período de maio de 1981 a janeiro de 1988, no Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Complexo Hospitalar Heliópolis, São Paulo, Brasil. Todos os pacientes foram submetidos a tralamento cirúrgico que compreendia um esvaziamento cervical completo e laringectomia ou faringolaringectomia. Os casos foram dirigidos alealóriamente para um dos dois tipos de esvaziamento: com ou sem conservação da veia jugular interna, do músculo esternocleidomaslóideo e do nervo espinal acessório. O principal pré-requisito para a inclusão do caso neste estudo era que, no linfonodo metastático, a neoplasia deveria estar confinada ao seu interior e não deveria apresentar transposição macroscópica da cápsula. O objetivo deste trabalho foi avaliar: 1. a importância da recidiva cervical homolateral; 2. a influência da conservação da veia jugular interna, do músculo esternoclei domastóideo e do nervo espinal acessório sobre os índices de recidivas e de sobrevida; 3. quais os fatores que devem ser considerados na escolha de uma cirurgia mais conservadora. Os cálculos da sobrevida atuarial foram feitos através da técnica de KAPLAN &MEIER (1958) e as comparações entre as distribuições de sobrevida para categorias de urna mesma variável foram feitas através do teste de Mantel-Cox (MANTEL, 1966; COX, 1972). Os resultados observados mostraram que o esvaziamento cervical oferece uma taxa de controle das metástases cervicais homolaterais em 95.1 % dos casos. A conservação de estruturas não linfáticas (veia músculo e nervo) não compromete a radicalidade oncológica da cirurgia mas deve-se estar a tento à cadeia da veia jugular interna que é preferencial para o desenvolvimento de metástases homo ou contralateral. A idade do paciente, a sede da lesão primária, o grau de diferenciação histológica do tumor, o estadiamento clínico, o diâmetro e o número dos linfonodos comprometidos e o estado microscópico da cápsula linfonodal não estiveram correlacionadas aos resultados observados para os dois lipos de esvaziamento
ASSUNTO(S)
metastases linfaticas neoplasias hipofaringeas dissecação radical do pescoço neoplasias laringeas
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=000069759Documentos Relacionados
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