O Paquistão e as estratégias ocidentais para a Ásia Meridional
AUTOR(ES)
Arantes Júnior, Abelardo
FONTE
Revista Brasileira de Política Internacional
DATA DE PUBLICAÇÃO
2003-06
RESUMO
Confrontadas com o risco de guerra nuclear entre o Paquistão e a Índia, as potências ocidentais têm procurado exercer algum controle sobre os acontecimentos no Sul da Ásia; instaram os dois países a encetar negociações bilaterais, promoveram a não-proliferação e aplicaram sanções de tempos em tempos. O Paquistão é muito sensível às políticas ocidentais, sobretudo às dos Estados Unidos, porém nunca abriu mão de dois critérios fundamentais de sua política externa: a exigência de autodeterminação para a Cachemira e a dissuasão nuclear. Os Estados Unidos agora mostram um poder e uma influência incontrastáveis, mas após a crise do Iraque a unidade das grandes potências revela fissuras. Ao mesmo tempo, o retorno ao regime civil e parlamentar no Paquistão aumenta a força dos partidos nacionalistas e islâmicos, que querem conter a influência dos Estados Unidos e ampliar os laços com a França, a Alemanha, a Rússia e a China. Nesse novo e fluido ambiente político, a evolução das relações entre o Paquistão e a Índia terá forte impacto sobre as estratégias ocidentais para o Sul da Ásia e para o mundo em geral.
ASSUNTO(S)
paquistão Índia estados unidos grandes potências cachemira guerras no sul da Ásia dissuasão nuclear ataque preventivo
Documentos Relacionados
- As misericórdias e as transferências de bens: o caso dos Monteiros, entre o Porto e a Ásia (1580-1640)
- Cooperação monetária e financeira: o que é bom para a Ásia também é para a América Latina?
- ASiA extension for computer architecture simulation.
- O centro de Atenção Psicossocial e as estratégias para inserção da família
- As redes de enfermagem: estratégias para o fortalecimento da pesquisa e da extensão