Oclusão percutânea do pequeno canal arterial com molas de gianturco: impacto da otimização da seleção das molas e dos pacientes e da não-tolerância ao fluxo residual significativo imediato nos resultados
AUTOR(ES)
Pedra, Carlos Augusto Cardoso, Esteves, César Augusto, Braga, Sérgio Luiz Navarro, Pedra, Simone Rolim Fernandes Fontes, Pontes Júnior, Sérgio Cunha, Silva, Maria Aparecida de Paula, Almeida, Gisele de Montalvão e Alpuim Lousadas, Santana, Maria Virgínia Tavares, Fontes, Valmir Fernandes
FONTE
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
INTRODUÇÃO: A oclusão percutânea do canal arterial persistente (PCA) com implante retrógrado não controlado de molas de Gianturco tem sido freqüentemente empregada. MÉTODO: Desde janeiro de 2001, temos aplicado essa técnica em pacientes com canais < 3 mm, dos tipos A, D e E, e não tolerado fluxos residuais imediatos significativos, implantando outra mola. Neste artigo, descrevemos os resultados desse tipo de abordagem. RESULTADOS: Desde janeiro de 2001, 178 pacientes (110 do sexo feminino; mediana de idade e peso: cinco anos e 17 kg, respectivamente) foram submetidos ao procedimento. A média do diâmetro mínimo do PCA foi de 1,8 ± 0,6 mm (0,5 mm a 3,0 mm), sendo 157 do tipo A, nove do tipo D e 12 do tipo E. Em três pacientes, houve embolização inicial das molas com resgate, sendo reimplantadas em dois (taxa de sucesso: 99,4%). Mais de uma mola foi utilizada em 32 (18%) pacientes, com canais significativamente maiores que os restantes (2,3 ± 0,5 mm vs. 1,6 ± 0,5 mm; p < 0,001). Oclusão imediata foi observada em 160 pacientes e 17 (9,6%) possuíam fluxo residual discreto, difuso e de baixa velocidade. Redução de pulsos e transfusão foram complicações observadas em dois pacientes. Um paciente com fluxo residual discreto não retornou. Todos os 176 pacientes, à ecocardiografia, apresentavam oclusão e nenhum apresentava distúrbios de fluxo na aorta ou na artéria pulmonar no seguimento (mediana: seis meses). CONCLUSÃO: A tolerância zero para fluxos residuais imediatos e a seleção otimizada das molas e dos pacientes, provavelmente, explicam esses ótimos resultados. O procedimento é simples, custo efetivo, seguro e altamente eficaz.
ASSUNTO(S)
persistência do conduto arterioso cateterismo cardíaco próteses e implantes embolização terapêutica
Documentos Relacionados
- Oclusão percutânea do canal arterial com molas de liberação controlada
- Aspectos particulares da oclusão percutânea do canal arterial do adulto
- Oclusão percutânea do canal arterial > 3 mm com auxílio do biótomo
- Impacto do tabagismo nos resultados da intervenção coronária percutânea
- Impacto do sexo feminino nos resultados da intervenção coronária percutânea contemporânea