Pacientes com lesão crônica alta da medula espinhal podem ser tratados de forma segura com estimulação elétrica neuromuscular: a função cardiovascular não é afetada
AUTOR(ES)
Almeida, Letícia Vargas, Lins, Carolina, Tancredo, Janaina, Varoto, Renato, Nadruz Junior, Wilson, Cliquet Junior, Alberto
FONTE
MedicalExpress (São Paulo, online)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-10
RESUMO
OBJETIVO: Identificar mudanças na pressão arterial e frequência cardíaca em indivíduos com paraplegia crônica tratados com estimulação elétrica neuromuscular. MÉTODO: Estudo prospectivo observacional. Participantes: vinte indivíduos com paraplegia crônica (nível neurológico acima de T6) pertencentes a dois diferentes grupos (G1 e G2) foram submetidos a um teste de exercício de membros superiores. Os pacientes do G1 (n = 13) haviam sido tratados com estimulação elétrica neuromuscular (25 Hz, pulsos de 300 µs, 100 V) por 2 anos ou mais, pelo menos uma vez por semana; os pacientes do G2 (n = 7) não receberam o tratamento com estimulação elétrica neuromuscular; os indivíduos do G3 (n = 6) eram voluntários saudáveis. Procedimentos: A pressão sanguínea arterial e a frequência cardíaca foram medidas durante quatro fases do teste de exercício: no repouso inicial, durante o aquecimento, durante o exercício e no repouso após o exercício. RESULTADOS: As pressões arteriais sistólica e diastólica não apresentaram diferença estatística entre os grupos. Na comparação entre as fases do exercício, independentemente do grupo, a pressão sistólica foi significativamente maior e a pressão diastólica significativamente menor no final do exercício, em comparação com todas as outras fases. A frequência cardíaca em repouso foi significativamente menor em controles saudáveis versus G1 e G2, que não foram significativamente diferentes entre eles mesmos. O exercício aumentou a frequência cardíaca em todos os grupos. CONCLUSÃO: Este estudo mostrou que os grupos são normotensos e homogêneos em seus resultados; a frequência cardíaca foi maior em ambos os grupos paraplégicos em comparação com controles saudáveis, mas nenhuma diferença foi encontrada entre os grupos tratados versus os não tratados. Assim, a estimulação elétrica neuromuscular é uma maneira segura e eficaz de tratar indivíduos com paraplegia crônica.
ASSUNTO(S)
lesão medular paraplegia pressão sanguínea frequência cardíaca estimulação elétrica neuromuscular disreflexia autonômica
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