Papel do tegumento e do acido abscisio no processo de degradação do galactomanano em sementes de Sesbania virgata (CAV.) PERS

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2004

RESUMO

Sementes de Sesbania virgata (Cav.) Pers. apresentam o galactomanano como polissacarídeo de reserva de parede celular presente no endosperma, cuja mobilização envolve três enzimas hidrolíticas (galactosidase, endo--mananase e exo--manosidase). O ácido abscísico (ABA) tem sido sugerido como envolvido no mecanismo de regulação desse processo, interferindo na produção e atividade das enzimas hidrolíticas, possivelmente relacionado com o tegumento. Neste trabalho, sementes escarificadas, embebidas em água e em solução de ABA 10-4 M, foram utilizadas para verificar o efeito do ABA exógeno e endógeno na degradação do galactomanano durante a germinação e pós-germinação, assim como sua possível relação com o tegumento. Na presença do ABA exógeno, as sementes apresentaram retardamento no desarranjo celular do endosperma, com atraso na degradação do galactomanano e no desaparecimento da endo--mananase no endosperma, sugerindo um atraso de sua atividade na presença do ABA que, conseqüentemente, retardou a degradação do galactomanano. A presença da endo--mananase no tegumento sugeriu a participação deste tecido na produção, modificação e/ou armazenamento da enzima, assim como das outras enzimas hidrolíticas, que apresentaram atividade no tecido no decorrer do processo de degradação, juntamente com o endosperma. A presença da endo--mananase e das outras enzimas hidrolíticas no tegumento, juntamente com a detecção de atividade respiratória e presença do ABA endógeno no tegumento, sugerem a participação deste tecido na utilização das enzimas hidrolíticas durante a germinação e pós-germinação e no controle de degradação do galactomanano durante o período pós-germinativo, evitando a produção dos açúcares redutores em excesso, funções possivelmente relacionadas com a presença do hormônio no tecido

ASSUNTO(S)

acido abscisico evolução

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