Percepção de risco e velocidade: a lei e os motoristas
AUTOR(ES)
Thielen, Iara Picchioni, Grassi, Maria Virgínia Filomena Cremasco, Soares, Diogo Picchioni, Hartmann, Ricardo Carlos, Mazuroski Júnior, Aristeu, Baladón, Cristiano Moreno
FONTE
Psicologia: Ciência e Profissão
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007-12
RESUMO
Este artigo focaliza o excesso de velocidade no trânsito urbano e analisa o impacto da legislação sobre a percepção e o comportamento dos motoristas. O ponto de partida para a análise foram os textos legais sobre limites de velocidade: o Código de Trânsito Brasileiro de 1997, a legislação estadual, que modificou o enquadramento das vias no Paraná, e, em conseqüência, afetou as determinações relativas ao excesso de velocidade, e a Lei Federal de 2006, que modificou os limites de velocidade. Os textos legais apresentam ambivalências, que distorcem o conceito de limite e podem reforçar percepções inadequadas de que "correr moderadamente" não oferece risco. Isso se deve às constantes mudanças na legislação e à divulgação confusa, que permite que os motoristas reinterpretem a lei, identificando velocidades máximas conforme seu próprio entendimento. A placa de sinalização perde a função de estímulo discriminativo e torna-se incapaz de orientar um comportamento adequado e compatível com um trânsito seguro, o que potencializa os riscos. Recomenda-se que os textos legais sejam inequívocos, a fim de impedir outras interpretações, e fixem o limite único, a partir do qual todo excesso seja considerado gravíssimo.
ASSUNTO(S)
subjetividade e trânsito percepção de risco excesso de velocidade
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