Perimetria computadorizada na detecção de defeitos campimétricos discretos (ao perímetro de Goldmann) causados por tumores hipofisários
AUTOR(ES)
Monteiro, Mário Luiz Ribeiro, Pereira, Andrea
FONTE
Arquivos Brasileiros de Oftalmologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2003-12
RESUMO
OBJETIVO: Analisar os achados ao perímetro de Humphrey em pacientes com defeitos campimétricos discretos por compressão quiasmática e verificar a melhor estratégia na detecção destas alterações. MÉTODOS: Doze pacientes com defeitos campimétricos por compressão quiasmática foram estudados, prospectivamente, por meio das perimetrias manual e computadorizada. Dezessete olhos com defeitos discretos, selecionados pelo Goldmann, foram estudados pela perimetria computadorizada, com o programa 24-2 do Humphrey Field Analizer. Foram analisados o gráfico em escalas de cinza, o "mean deviation" fornecido pelo aparelho, e o número de falhas encontradas ao "total deviation" e ao "pattern deviation" nos hemicampos nasal e temporal. Além disso, foi calculado um desvio médio para 12 pontos situados nos quadrantes nasal superior e temporal superior. Os achados do setor nasal do campo visual foram comparados com aqueles do setor temporal pelo teste t de Student. RESULTADOS: A análise do gráfico na escala de cinzas não identificou o defeito campimétrico em seis olhos. Os valores médios do "mean deviation" temporal superior e nasal superior foram respectivamente -9,65 ± 6,48 e -3,98 ± 2,30. O estudo estatístico mostrou diferença significativa entre os dois valores. A média do número de pontos de falhas observadas ao "total deviation" no hemicampo temporal foi 11,64 ± 7,35 e no nasal de 8,11 ± 5,07. Não houve diferença significativa entre eles. Ao "pattern deviation", a média de pontos de falhas no hemicampo temporal foi de 5,82 ± 5,42 e no nasal foi de 2,41 ± 2,64. O estudo estatístico revelou diferença significativa entre estes valores. CONCLUSÕES: A simples análise do gráfico em tons de cinza deixa de identificar defeitos quiasmáticos discretos em número considerável de pacientes. Da mesma forma a observação dos pontos de falhas ao "total deviation" parece não ser suficiente para identificar defeitos quiasmáticos iniciais. A comparação dos desvios médios calculados para os quadrantes temporal e nasal superior e a observação de um maior número de falhas ao "pattern deviation" no campo temporal comparado ao nasal parecem ser critérios úteis para identificar tais defeitos.
ASSUNTO(S)
perimetria técnicas de diagnóstico oftalmológico neoplasias hipofisárias
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