Peso ótimo de abate de machos não-castrados para produção do bovino jovem em confinamento.
AUTOR(ES)
CRUZ, G. M. da
FONTE
RESUMOS DOS TRABALHOS APRESENTADOS NA CONVENÇÃO NACIONAL DE CANCHIM
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011
RESUMO
Este estudo objetivou obter o peso ótimo de machos cruzados não-castrados, para abate aos 15-18 meses de idade, atendendo a padrões estabelecidos pela Associação Brasileira do Novilho Precoce (ABNP) e também baseando-se no desempenho em confinamento. O trabalho foi desenvolvido na Embrapa Pecuária Sudeste, com 233 animais cruzados 3/8 Blonde d'Aquitaine + 5/8 Nelore e 1/2 Blonde d'Aquitaine + 1/2 Nelore (BN), 1/2 Canchim + 1/2 Nelore (CN), 1/2 Limousin +1/2 Nelore (LN) e 1/2 Piemontês +1/2 Nelore (PN) e puros Canchim (CA) e Nelore (NE), nos anos de 1994, 1995 e 1997, sendo que cada grupo genético (GG) participou em dois anos, exceto BN, que foram confinados nos três anos. Os animais CA e CN pertenciam à Embrapa Pecuária Sudeste, enquanto que os animais dos outros GG pertenciam a produtores particulares. As médias de peso vivo dos animais BN, CA, CN, LN, NE e PN no início do período pré-experimental foram 268; 267; 264; 267; 214 e 237 kg, e a média de idade de 12,5; 11,1; 10,9; 12,9; 11,8 e 13,2 meses, respectivamente. Lotes de seis animais de cada GG foram alocados nos tratamentos (TRAT) que são os pesos de abate de 400 (I), 440 (II) e 480 kg (III), exceto nos bovinos NE, em que foram de 380, 410 e 440 kg. Os animais receberam, à vontade, dieta com 13% de proteína bruta e 70% nutrientes digestíveis totais, à base de 50% de silagem de milho, 28,3% de milho em grão moído, 9,2% de farelo de soja, 10,8% de farelo de trigo, 0,7% de calcário calcítico e 1% de mistura mineralizada, na base seca, duas vezes ao dia. O peso vivo dos animais foi obtido após jejum de água e alimentos de 16 h. As médias de ganho de peso diário foram de 1,56; 1,49 e 1,44 kg para os TRAT I, II e III, respectivamente. Pode-se observar que houve redução gradativa de ganho de peso à medida que se elevou o peso de abate. Houve diferenças entre anos, grupos genéticos e não houve interação entre GG X TRAT para ganho de peso. As médias de período de confinamento foram 102; 127 e 146 dias, para os TRAT I, II e III, respectivamente. As médias dos consumos de matéria seca de alimentos foram 9,0; 9,0 e 9,2 kg/animal/dia para os TRAT I, II e III, respectivamente. Houve redução do consumo de matéria seca quando expresso em percentagem do peso vivo, sendo que os valores obtidos foram de 2,59 ; 2,49 e 2,45%, para os TRAT I, II e III, respectivamente. As médias da eficiência de conversão alimentar, expressa em quilograma de matéria seca consumida por quilograma de ganho de peso, foram de 5,95; 6,28 e 6,53 para os TRAT I, II e III, respectivamente. Observou-se redução gradativa de eficiência de conversão alimentar à medida que se aumentou o peso de abate. Concluiu-se que não se deve aumentar o período de confinamento (peso de abate) em razão do efeito negativo sobre a conversão alimentar.
ASSUNTO(S)
gado de corte bovino jovem confinamento peso abate beef cattle weight
ACESSO AO ARTIGO
http://www.alice.cnptia.embrapa.br/handle/doc/44882Documentos Relacionados
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