Nerilo, Samuel Botião, Martins, Fernanda Andrade, Nerilo, Luciana Botião, Salvadego, Valter Eduardo Cocco, Endo, Renan Yoshio, Rocha, Gustavo Henrique Oliveira, Mossini, Simone Aparecida Galerani, Janeiro, Vanderly, Nishiyama, Paula, Machinski Junior, Miguel
2014Realizou-se um estudo transversal controlado, com hortifruticultores, durante o período de outubro de 2009 a outubro de 2010, a fim de caracterizar o uso de praguicidas, estabelecer o perfil sócio demográfico e analisar a atividade das colinesterases em trabalhadores rurais do sul do Brasil. Os dados foram obtidos de 173 trabalhadores e 179 controles. Um formulário estruturado foi aplicado obtendo informações sócio demográficas, conhecimento e práticas de trabalho relacionadas com o uso de praguicidas. Os valores de referência para colinesterases totais (ChEs) e butirilcolinesterase (BuChE) foram obtidos a partir da média da atividade enzimática do grupo controle. A idade média da população exposta foi de 40,0±11,2 anos. Os sinais/sintomas foram significativamente diferentes (p<0,05) entre a população exposta e não exposta. Quarenta trabalhadores (23,1%) apresentaram sinais/sintomas relacionados com a exposição aos praguicidas. O valor médio do grupo controle foi de 6,3 μmol/mL/min para o gênero masculino e 5,6 μmol/mL/min para o gênero feminino na ChEs; 2,4 μmol/mL/min para o gênero masculino e 2,0 μmol/mL/min para o gênero feminino na BuChE. Do total de trabalhadores (n=173), 08 (4,6%) apresentaram inibição elevada (>30%) das atividades das ChEs, e para BuChE nenhum trabalhador apresentou alta inibição (>50%). Dentre os fatores que poderiam estar envolvidos destacam-se o gênero, escolaridade, orientação para trabalhar com praguicidas, exposição e medidas de higiene.