Pharmacological evaluation of the effects of Hedyosmum brasiliense Miq. on the central nervous system / Avaliação farmacológica dos efeitos da Hedyosmum brasiliense Miq. sobre o sistema nervoso central

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

A Hedyosmum brasiliense Miq. (Chloranthaceae) é uma planta medicinal de uso popular conhecida como cidrão, usada como calmante na medicina popular. No presente estudo, o efeito do extrato etanólico da Hedyosmum brasiliense Miq. (EEHb) foi investigado em diversos modelos farmacológicos in vivo sobre o sistema nervoso central (SNC). Para tanto, foram utilizados camundongos Swiss Webster (25 30 g), em modelos animais como: modelo de depressão, o nado forçado (MNF) e suspensão pela cauda (MSC); modelo de ansiedade, o labirinto em cruz elevado (LCE); modelos de convulsão, induzida por pentilenotetrazol (MCP) e estricnina (MCE); modelo de indução do sono por barbitúrico (MSB); modelo de deambulação e o teste campo aberto (TCA). Para o teste de memória (teste de esquiva inibitória), foram utilizados ratos Wistar (250 300 g). O EEHb não produziu efeito sobre o sistema motor dos animais no TCA. O efeito antidepressivo do EEHb foi observado quando administrado de forma aguda e sub-crônica, sendo mais eficaz no segundo caso. No LCE o efeito do EEHb (100 mg/Kg, i.p.) foi semelhante ao resultado obtido pelo tratamento com o diazepam (0,75 mg/Kg, i.p.). Também foi investigado o mecanismo de ação das propriedades antidepressiva e ansiolítica do EEHb. O efeito antidepressivo do EEHb foi revertido pelo pré-tratamento com prazosin (1 mg/kg, i.p, antagonista a1) e ioimbina (1 mg/kg, i.p, antagonista a2). Tanto o prétratamento com haloperidol (0,2 mg/kg, i.p., antagonista dopaminérgico não seletivo) quanto pimozide (0,2 mg/kg, i.p. antagonista D2) reverteram o efeito antidepressivo do EEHb. O pré-tratamento com PCPA (inibidor da síntese de serotonina administrado por 4 dias consecutivos) e NAN-190 (0,5mg/kg, i.p., antagonista 5-HT1A) reverteram o efeito antidepressivo do extrato, mas o pré-tratamento com quetanserina (antagonista dos receptores 5-HT2A) não alterou tal efeito. O pré-tratamento com reserpina também promoveu a reversão do efeito antidepressivo. A podoandina (10 mg/Kg, i.p.), uma lactona obtida a partir do EEHb, também produziu efeito antidepressivo. O flumazenil (2 mg/kg, i.v., antagonista GABAA específico) e a reserpina reverteram o efeito ansiolítico do EEHb. O EEHb, em todas as doses utilizadas, não só promoveu a diminuição da latência para o sono, bem como o aumento do tempo total do sono. O EEHb não promoveu um efeito protetor contra as crises convulsivas, induzidas por PTZ e estricnina. Sobre as etapas da memória no modelo de esquiva inibitória, o EEHb apresentou efeito amnésico nos animais no processo de consolidação da memória somente com a dose de 10 mg/Kg. Os resultados em conjunto nos permitem sugerir que a planta apresenta efeitos hipnótico, amnésico, antidepressivo e ansiolítico. Com relação aos mecanismos envolvidos na ação antidepressiva pode-se citar a participação dos sistemas adrenérgico, via receptor a1, do sistema dopaminérgico via receptor D2, além do sistema serotonérgico via receptores 5-HT1A. E, a podoandina pode ser um dos princípios ativos presentes no EEHb responsável pelo efeito antidepressivo no MNF. Já com relação ao efeito ansiolítico, parece ser essa propriedade mediada pelo sistema GABAérgico e ter envolvimento do sistema monoaminérgico. Os resultados obtidos também validam parcialmente a planta como agente terapêutico nos processos de depressão e ansiedade

ASSUNTO(S)

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