Phlebotominae (Diptera, Psychodidae) na Província Espeleológica do Vale do Ribeira - 1. Parque Estadual Intervales (PEI), estado de São Paulo, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Entomologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-06

RESUMO

A identificação da fauna flebotomínea e de alguns aspectos ecológicos de suas populações em áreas freqüentadas por turistas no PEI, situado em reserva de mata Atlântica, constituem-se nos objetivos deste estudo. As capturas foram mensais de janeiro/2001 a dezembro/2002, com armadilhas automáticas luminosas em 13 ecótopos, incluindo cavernas, matas e peridomicílio e aspiração em tocas de tatus. Sem intervalos regulares, foram realizadas capturas com armadilhas de Shannon na mata e ambientes antrópicos, aspiração em paredes de cavernas e entre raízes e folhedo e em membros da equipe quando picados por flebotomíneos. No total foram capturados 891 flebotomíneos pertencentes a 21 espécies. Com as armadilhas automáticas luminosas capturou-se 19 espécies e 600 espécimes, 215 em ambiente antrópico (2,24 insetos/armadilha) e 385 em ambiente natural (1,46 insetos/armadilha). Brumptomyia troglodytes foi a mais abundante, com o índice de abundância das espécies padronizado = 0,705. Pintomyia monticola predominou nas armadilhas de Shannon, mostrando-se antropofílica e com atividade hematofágica diurna e noturna. Psathyromyia pascalei predominou nas aspirações, com a maioria dos espécimes aspirados de tocas de tatu. Das 11 espécies capturadas em cavernas, embora algumas possam ser consideradas troglófilas, a maioria usa este ecótopo como local de abrigo. Nyssomyia intermedia, Nyssomyia neivai e Migonemyia migonei, implicados na transmissão da leishmaniose tegumentar na Região Sudeste do Brasil foram capturados, todavia em tão baixa densidade que sugere risco mínimo da doença no PEI.

ASSUNTO(S)

floresta atlântica caverna leishmaniose vetores

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