PHYTOCHEMICAL STUDY AND EVALUATION OF THE BIOLOGICAL ACTIVITY OF Matayba elaeagnoides RADLK. / ESTUDO FITOQUÍMICO E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE BIOLÓGICA DE Matayba elaeagnoides RADLK.

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

O presente trabalho mostra o estudo fitoquímico das cascas de Matayba elaeagnoides Radlk (Sapindaceae), bem como a avaliação do potencial biológico dos extratos, frações e de uma substância isolada desta espécie. Da fração de hexano foram isolados, por métodos cromatográficos, uma mistura de triterpenos composta de lupeol, a-amirina, b-amirina e b-sitosterol. Além disso, da fração clorofórmica foram isoladas as substâncias escopoletina, umbeliferona, 3b-O Dglicopiranosil- sitosterol e betulina. As estruturas foram identificadas com o uso de técnicas espectroscópicas de IV, RMN 1H e 13C, além de determinações do ponto de fusão e comparações com dados da literatura. Estas substâncias foram relatadas pela primeira vez na espécie estudada. Os extratos hidroalcóolico e metanólico, assim como suas frações e a betulina, foram submetidos a testes biológicos preliminares com a finalidade de avaliar o seu efeito antibacteriano e antinociceptivo em diferentes modelos experimentais. Quando analisado frente a microorganismos patogênicos, todos os extratos e frações apresentaram atividade contra a bactéria Gram positiva S. aureus. Por outro lado, apenas a fração de clorofórmio foi ativa para o fungo M. gypseum na concentração de 125 mg/mL. Os extratos e frações também mostraram promissor potencial antinociceptivo bem como uma substância isolada, identificada como betulina. Este composto foi cerca de sete vezes mais potente do que algumas substâncias utilizadas terapeuticamente, aspirina e paracetamol. Quando analisado frente ao teste das contorções abdominais induzidas pelo ácido acético (3-10 mg/Kg, i.p.), a betulina apresentou um efeito dose-dependente com um valor calculado de DI50 de 7,74 (6,53 9,17) mg/Kg ou DI50 de 17,5 (14,7-20,5) mmol/Kg, e uma inibição máxima (IM) de 58,33% em relação ao grupo controle. Da mesma forma, quando no teste da formalina (3-10 mg/Kg, i.p.), este composto foi capaz de inibir de forma parcial a nocicepção de origem neurogênica, com inibição de 40,8%. Por outro lado, foi mais eficaz em reduzir a nocicepção inflamatória com valores calculados de DI50 e inibição máxima de 8,32 (7,83 8,84) mg/Kg ou DI50 de 18,79 (17,7-19,9) mmol/Kg e 64,39%, respectivamente. Resultados estes, que mostram a atividade antinociceptiva da betulina e antimicrobiana dos extratos e frações da planta estudada.

ASSUNTO(S)

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