Pirandello e a experência com a modernidade: Uno, nessuno e centomila / Pirandello and the modernity experience: Uno, nessuno e centomila

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

08/03/2012

RESUMO

O objetivo principal da presente pesquisa é analisar o livro Uno, nessuno e centomila, de Luigi Pirandello, como um romance-manifesto constituído por um narrador-personagem imerso na experiência da modernidade. Vitangelo Moscarda é um sujeito que vive acomodado na sua condição, até o dia em que a mulher lhe aponta um defeito presente em seu rosto: o nariz cai para direita. Tal desarmonia física sugere também o desacordo presente no universo, no qual o próprio corpo é visto como algo que não condiz com a realidade assim como Moscarda acreditava. O estranhamento do próprio aspecto físico desencadeia processos de dissolução persistentes, com a completa subversão da ordem ontológica. Moscarda estabelece uma espécie de teoria com ênfase nas relações humanas e coloca em prática a destruição de suas próprias personae, que emergem a partir de suas relações sociais. Nessa negação das diversas imagens por ele suscitadas no outro, podemos ler os conflitos e as crises de Moscarda como resultados da experiência da modernidade e seu respectivo ambiente controlado pelo capital, pela vulgaridade e pelo interesse que move as relações pessoais.

ASSUNTO(S)

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