Por uma Geografia do cÃrcere: territorialidades nos pavilhÃes do PresÃdio Professor AnÃbal Bruno- Recife-PE

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

A presente dissertaÃÃo versa sobre as territorialidades nos pavilhÃes do PresÃdio Prof. AnÃbal Bruno. A hipÃtese central do trabalho à a de que a ausÃncia do Estado e a superlotaÃÃo fomentam / estimulam a montagem de um poder pelos prÃprios detentos. A luta por espaÃo implica em luta pela vida e a prÃxis dos internos transformam os pavilhÃes em espaÃos recortados por redes. Pois como o Estado nÃo cumpre o seu papel, as necessidades bÃsicas transformaram-se em recursos, por isso, o preparo de refeiÃÃes (para fugir da alimentaÃÃo oficial), o aluguel de eletrodomÃsticos e a prestaÃÃo de um pequeno serviÃo, como a lavagem de roupas, sÃo alguns dos exemplos da prÃxis vivenciada no cÃrcere. O espaÃo à aqui entendido como um sistema de objetos e sistemas de aÃÃes, na qual cada forma apresenta um conteÃdo especÃfico / esperado. No entanto, o presÃdio à um espaÃo no qual os detentos criam territÃrios ao se aproximarem de determinados locais da cela e do pavilhÃo, e, como conseqÃÃncia desse processo, estruturam-se as redes, que nada mais sÃo do que os pontos visÃveis ou nÃo do jogo do poder no interior da referida unidade. Alguns dados ajudaram a construir um perfil do detento mostrando que na sua maior parte eles vem da periferia da RegiÃo Metropolitana do Recife, que por isso mesmo antes de adentrarem o muro do presÃdio eles jà conviviam com uma situaÃÃo de exclusÃo. à claro que foi difÃcil dissociar a questÃo do cÃrcere da sociedade envolvente, esta deve tambÃm repensar seus valores, modificar-se: humanizando-se

ASSUNTO(S)

geografia humana presÃdio professor anÃbal bruno superlotaÃÃo territorialidade geografia regiÃo metropolitana do recife

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