PrescriÃÃo e utilizaÃÃo da talidomida em Ãrea urbana no Nordeste do Brasil / Prescription and Use of Thalidomide in North-Eastern Urban Area of Brazil.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

26/10/2007

RESUMO

Em decorrÃncia de novos conhecimentos sobre seu mecanismo de aÃÃo e propriedades farmacolÃgicas, a talidomida tem sido utilizada por um nÃmero cada vez maior de profissionais, para condiÃÃes clÃnicas as mais diversas. Devido ao alto potencial teratogÃnico, seu uso seguro e racional requer um acompanhamento por rigoroso programa de FarmacovigilÃncia. Este estudo teve como objetivo avaliar o percurso terapÃutico da prescriÃÃo à utilizaÃÃo da talidomida em Ãrea urbana no Nordeste do Brasil. Foram utilizados dados dos arquivos de receitas de um Centro de Referencia para HansenÃase do MinistÃrio da SaÃde e informaÃÃes obtidas atravÃs da aplicaÃÃo de questionÃrios semi-estruturados a 94 usuÃrios e 20 mÃdicos prescritores de talidomida, no perÃodo de 1 de janeiro de 2005 a 31 de julho de 2006. A maioria dos usuÃrios (70%) era do sexo masculino, com idade entre 41 e 65 anos (40,7%) e a principal indicaÃÃo foi o Eritema Nodoso HansÃnico (70%), sendo 29,4% das receitas prescritas por dermatologistas. Entre as mulheres entrevistadas, mais da metade estava em idade fÃrtil, 85% utilizam mÃtodo contraceptivo, sendo a laqueadura tubÃria em 47%. O risco de teratogenicidade à alertado ao paciente por 85% dos prescritores. O medicamento foi considerado eficaz para 70,9% dos usuÃrios entrevistados e a sonolÃncia foi referida como efeito adverso para 80% deles. Conclui-se que a talidomida à utilizada principalmente para as indicaÃÃes oficiais do MinistÃrio da SaÃde, entretanto à evidente a ampliaÃÃo do seu uso clÃnico para numerosas condiÃÃes off label, com eficÃcia considerÃvel e efeitos adversos leves a moderados. Apesar dos prescritores preocuparem-se com a anticoncepÃÃo durante e apÃs o tratamento, quando a talidomida à utilizada em mulheres com risco de gravidez; as determinaÃÃes da ANVISA quanto à prescriÃÃo e ao uso da talidomida nÃo vÃm sendo adequadamente seguidas, observando-se que os usuÃrios sÃo pouco informados quanto aos efeitos adversos do medicamento, tornando premente a necessidade da regulamentaÃÃo da Lei 10.651, dentro da nova realidade de utilizaÃÃo da talidomida, tornando seu uso clÃnico racional e controlado.

ASSUNTO(S)

talidomida farmacovigilÃncia teratogenicidade thalidomide, pharmacovigilance, teratogenicity anormalidades congÃnitas farmacologia clinica

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