Pressão positiva expiratória na via aérea associada ao inspirômetro de incentivo reduz as complicações pulmonares, melhora a função pulmonar e a capacidade funcional em pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio / Expiratory positive airway pressure associated with incentive spirometry reduces pulmonary complications and improves functional capacity in patients undergoing coronary artery bypass graft surgery
AUTOR(ES)
Haeffner, Mauren Porto
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009
RESUMO
Introdução: Pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM) apresentam risco relativamente alto de desenvolver complicações pulmonares (CPs), aumentando o tempo de internação hospitalar e a necessidade de recursos financeiros. A presença de fatores de risco como idade avançada e tabagismo elevam o risco de incidência de CPs. O mecanismo básico do desenvolvimento de CPs é a diminuição da ventilação pulmonar devido ao padrão ventilatório superficial, sem suspiros periódicos. O uso da pressão positiva expiratória na via aérea (EPAP), associado ao inspirômetro de incentivo (II) na prevenção de CPs seguidos da CRM não está bem estabelecido. Assim, nossa hipótese é que o protocolo de II+EPAP reduz a incidência de CPs e melhora a função pulmonar e a capacidade funcional. Métodos: 34 pacientes com história prévia de tabagismo foram randomizados para o grupo controle (n=17) ou para o protocolo de II+EPAP (n=17), durante o período de internação hospitalar, o qual foi estendido ao domicílio até completar 30 dias. Testes da função pulmonar, pressões inspiratória e expiratória máximas, teste de caminhada de seis minutos (TC6M) e avaliação do raio-x de tórax foram realizados no momento préoperatório (basal), no sétimo e no trigésimo dias de pós-operatório Resultados: Ambos os grupos foram homogêneos no momento basal. O escore de injúria pulmonar foi menor no grupo II+EPAP quando comparado ao grupo controle (1,94±0,8 vs 4,01±1,9; p<0,004). A distância percorrida no TC6M foi maior em 30 dias no grupo II+EPAP (428,4±64,2 vs 335,8±93,2 m; p<0,001). O grupo II+EPAP melhorou a pressão expiratória máxima no dia 30 (102,7±26,4 cmH2O) comparado com o dia 7 (82,2±20,9 cmH2O; p<0,01). A pressão inspiratória máxima apresentou-se melhor no grupo II+EPAP comparado ao grupo controle (dia 7: -80,3±23,3 vs -63,7±12,9; dia 30: -100,3±26,6 vs -64,6±35,5 cmH2O; p<0,001). A capacidade inspiratória foi maior em 30 dias no grupo II+EPAP comparado ao grupo controle (2,4±0,6 vs 1,9±0,5 L; p<0,05). Além disso, no dia 30, a capacidade vital forçada (78,2±14,2 vs 68,7±14,2 % do predito; p<0,05) e o volume expiratório forçado no 1° segundo (79,7±16,6 vs 68,0±16,1 % do predito;p< 0,05) foi maior no grupo II+EPAP quando comparado com o grupo controle. Conclusão: Em pacientes submetidos à CRM, os resultados do protocolo II+EPAP mostram redução das CPs e melhora da função pulmonar e da capacidade funcional submáxima
ASSUNTO(S)
respiração com pressão positiva capacidade inspiratória medidas de volume pulmonar revascularização miocárdica cirurgia cuidados pré-operatórios
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/10183/15941Documentos Relacionados
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