Prevalência de anticorpos anti-hepatite A em crianças de diferentes condições sócioeconômicas em Vila Velha, Estado do Espírito Santo

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-08

RESUMO

É descrita a prevalência de anticorpos antivírus da hepatite A em crianças de diferentes condições socioeconômicas matriculadas em escolas de ensino fundamental no Município de Vila Velha, na região metropolitana de Vitória, Estado do Espírito Santo. Os anticorpos anti-VHA foram pesquisados por ELISA no soro de 606 crianças (quatro a catorze anos de idade) de escolas fundamentais localizadas em bairros com diferentes rendas familiares: Escola São José, 200 crianças, renda familiar acima de US$700; Escola São Torquato, 273 crianças renda familiar entre US$200 e US$300; e Escola Cobi, 133 crianças, renda familiar menor do que US$200. De cada criança foram tomados dados sobre idade, sexo, cor da pele, condições sanitárias, freqüência de contacto com água de rio ou de mar e história de hepatite na família. Anticorpos anti-VHA estavam presentes em 38,6% de todas as crianças, 9% na Escola São José, 49,1% na Escola São Torquato e 61,7% na Escola Cobi. Análise de regressão logística demonstrou correlação entre o teste anti-HAV positivo com idade, pele preta ou mulata, ausência de esgoto domiciliar e de água filtrada e história de hepatite na família. A prevalência de anticorpos anti-HAV em Vila Velha foi menor do que a observada, no mesmo grupo etário, no Norte e Nordeste do Brasil, e foi maior nas crianças de piores condições socioeconômicas. Também, os dados indicam uma mudança no perfil epidemiológico da hepatite A no nosso meio, com um aumento do número de crianças e adolescentes com alto risco de infecção, especialmente nas classes socioeconômicas mais altas. Deve-se discutir a necessidade de vacinação para hepatite A nas crianças e adolescentes no nosso meio.

ASSUNTO(S)

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