Prevalência de fratura vertebral, alterações radiológicas, dor nas costas, qualidade de vida em mulheres com osteoporose pós-menopausa e validação da versão na língua portuguesa do questionário de qualidade de vida QUALEFFO-41 / Prevalence of radiographic abnormalities, back pain, quality of life in women with postmenopausal osteoporosis and validation of the portuguese version of the quality of life questionnaire QUALEFFO-41

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

14/10/2011

RESUMO

Objetivo: Avaliar a prevalência de fratura vertebral, alterações radiológicas, dor nas costas, e associação com qualidade de vida em mulheres com osteoporose pós-menopausa e validar a versão na língua portuguesa do questionário de qualidade de vida QUALEFFO-41 em mulheres brasileiras com fratura vertebral. Métodos: Este estudo coletou dados de 126 mulheres com osteoporose e 43 mulheres sem osteoporose. O estudo de prevalência de fratura vertebral (FV), osteófitos e dor nas costas, foi um corte transversal com o total de 126 mulheres com osteoporose lombar pós-menopausa diagnosticada pela densitometria óssea selecionadas no Ambulatório de Menopausa do CAISM. As mulheres responderam entrevista sobre dados sociodemográficos e clínicos, e o questionário QUALEFFO-41. Todas realizaram radiografia de coluna para pesquisa de alterações radiológicas. Para a análise estatística utilizou-se os testes de Mann-Whitney ou T de Student, testes exato de Fisher ou qui-quadrado e regressão múltipla. O estudo de validação do QUALEFFO-41 foi realizado apenas com 43 com FV por osteoporose (grupo fratura) e 43 sem osteoporose (grupo controle), pareadas por idade (±3 anos). Foram aplicados o QUALEFFO-41 e o SF-36 (comparação teste-reteste). Calculou-se o coeficiente ? de Cronbach, coeficiente de Correlação Intraclasse, coeficiente Kappa (k), Odds ratio e curva ROC. Resultados: Os resultados foram apresentados em três artigos. No primeiro artigo, a prevalência de FV nas 126 mulheres foi de 34,1% e o tipo de FV mais prevalente foi a triangular anterior (45,9%). Não houve diferença na qualidade de vida (QV) entre as mulheres com osteoporose com e sem FV, porém o maior número de fraturas associou-se a pior QV. Os fatores associados à pior QV foram cor da pele não branca, obesidade, ausência de trabalho remunerado, sedentarismo, baixa escolaridade e não uso de medicação para osteoporose. No segundo artigo sobre prevalência de alterações radiológicas e dor nas costas, a prevalência de FV foi de 34,1 % e de osteófitos de 92,1%. A prevalência de dor nas costas foi de 66,7% e observou-se associação entre a dor nas costas com a presença de osteófitos (p=0,0157) e pior QV. No terceiro artigo de validação do QUALEFFO-41, o coeficiente ? de Cronbach dos domínios variou entre 0,74 e 0,84; o ICC dos domínios variou entre 0,67 e 0,90; a maioria das questões apresentou um coeficiente k maior do que 0,50 e demonstrou boa validade convergente e discriminante. As mulheres do grupo FV apresentaram comprometimento na QV em ambos os questionários (p<0,05) e houve boa correlação entre os domínios do QUALEFFO-41 e os seus correspondentes do SF-36, exceto para Função Social. A avaliação pela curva ROC e regressão logística demonstrou que todos os domínios do QUALEFFO-41 foram significativamente preditivos de FV. Conclusão: A prevalência de FV por osteoporose foi alta, com comprometimento na QV independente da FV. Também houve uma alta prevalência de dor nas costas associada à presença de osteófitos e pior QV. O QUALEFFO-41 na língua portuguesa pode ser utilizado em mulheres brasileiras com FV por osteoporose, pois mostrou ter boas características psicométricas, demonstrando comprometimento na QV e boa capacidade de discriminar a QV em mulheres com FV.

ASSUNTO(S)

epidemiologia fraturas por osteoporose osteófito tecnologia radiológica estudos de validação epidemiology osteoporotic fractures osteophyte technology radiologic validation studies

Documentos Relacionados