Prognóstico de tumores testiculares germinativos
AUTOR(ES)
Dias Neto, José Anastácio, Domingos, André Luiz Alonso, Martins, Antonio Carlos Pereira, Tucci Jr., Silvio, Suaid, Haylton Jorge, Cologna, Adauto José, Schneider, Cassio Botene
FONTE
Acta Cirurgica Brasileira
DATA DE PUBLICAÇÃO
2002
RESUMO
OBJETIVO: Investigar as características e a evolução de homens adultos portadores de tumores germinativos do testículo. MÉTODOS: Estudamos as características e a evolução 29 pacientes tratados (14 seminomas e 15 não seminomas). O tempo médio de seguimento foi de 56 meses para os seminomas e de 40 meses para os não seminomatosos. Todos foram submetidos a orquiectomia. Nos estádios II e III associou-se radioterapia para os seminomas, e quimioterapia e linfadenectomia para os não seminomatosos. RESULTADOS: As queixas mais freqüentes foram aumento de volume testicular (57%) e dor (30%). Nos seminomas a idade média foi de 41,2 anos e nos não seminomas foi de 29,2 anos. Antecedente de criptorquidia foi assinalada em 28,5% dos seminomas e em 15,5% dos não seminomatosos. As proporções respectivas de estádios I, II e III foram de 79%, 14% e 7% em seminomas, e 40%, 27% e 33% em não seminomas. Os seminomas não provocaram elevação dos marcadores AFP ou b-HCG enquanto os não seminomatosos elevaram esses marcadores respectivamente em 46,6% e 33,3% dos casos. Morte pela doença ocorreu em 1 caso de seminoma e 3 de não seminomas, mas não houve diferença na sobrevida entre os grupos. CONCLUSÃO: A criptorquidia continua sendo um fator predisponente importante na etiologia dos tumores germinativos. Apesar dos tumores não seminomatosos se apresentarem em estádios mais avançados a sobrevida dos pacientes não difere da apresentada pelos portadores de seminomas.
ASSUNTO(S)
tumor testicular tumor germinativo seminoma não seminoma