Proteína C reativa e instabilidade clínica na doença obstrutiva de artérias carótidas
AUTOR(ES)
Silva, Daniele de Oliveira, Albuquerque, Luciano Cabral, Narvaes, Luciane Barreneche, Goldani, Marco Antônio, Pereira, Giuliano Chagas
FONTE
Jornal Vascular Brasileiro
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007-06
RESUMO
CONTEXTO: A atividade inflamatória na aterosclerose vem sendo exaustivamente estudada; entretanto, a relevância da Proteína C Reativa como marcador de instabilidade clínica, na doença obstrutiva de artérias carótidas ainda não encontra-se bem estabelecido OBJETIVO: Identificar se os níveis séricos de proteína C reativa ultra-sensível se associam com a apresentação clínica (estável versus instável) da doença obstrutiva grave das artérias carótidas. MÉTODO: Foram estudados 70 pacientes consecutivos com indicação de endarterectomia de carótida pelos critérios dos ensaios NASCET ou ACST, com diferentes tipos de apresentação clínica: grupo 1- assintomáticos ou com sintomas hemisféricos com mais de 90 dias; grupo 2 - com sintomas hemisféricos com menos de 90 dias. Amostras de sangue de cada paciente foram obtidas por punção venosa periférica; a proteína C reativa ultra-sensível foi dosada por nefelometria e a comparação entre os grupos foi realizada através do teste de t de Student, considerando-se significativo o valor de p < 0,05. RESULTADOS: o quadro clínico neurológico foi considerado estável em 28 (40%) pacientes, enquanto que 42 (60%) dos casos foram considerados instáveis. Os valores de proteína C reativa ultra-sensível foram significativamente maiores nos pacientes clinicamente instáveis, quando comparados aos casos estáveis neurologicamente (1,54±1,7 versus 0,67±0,8 mg/dL, respectivamente; p = 0,006). Não houve diferença nos níveis de proteína C reativa ultra-sensível quando comparados os percentuais de estenose angiográfica. CONCLUSÕES: A constatação de que níveis elevados de proteína C reativa ultra-sensível correlacionam-se com instabilidade da placa de carótidas, possivelmente antevendo eventos clínicos, poderá contribuir para uma redefinição dos critérios de tratamento cirúrgico da doença cerebrovascular.
ASSUNTO(S)
proteína c reativa carótida aterosclerose inflamação
Documentos Relacionados
- Anticorpos antifosfolípides e antiproteínas de choque térmico na doença obstrutiva severa de artérias carótidas
- Avaliação da associação entre doença arterial obstrutiva periférica e níveis aumentados de proteína C-reativa em população nipo-brasileira
- Proteína-C-reativa e doença cardiovascular: as bases da evidência científica
- Atividade da adenosina deaminase e níveis de proteina C reativa sérica como marcadores de gravidade na doença de Chagas
- Proteína c-reativa e S100B na mania aguda