Proteína C-Reativa Prediz Eventos Cardiovasculares Após Infarto do Miocárdio com Elevação do ST?
AUTOR(ES)
Ribeiro, Daniel Rios Pinto, Ramos, Adriane Monserrat, Vieira, Pedro Lima, Menti, Eduardo, Bordin Jr., Odemir Luiz, Souza, Priscilla Azambuja Lopes de, Quadros, Alexandre Schaan de, Portal, Vera Lúcia
FONTE
Arq. Bras. Cardiol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
27/06/2014
RESUMO
Fundamento: A associação entre proteína C-reativa ultrassensível e eventos cardiovasculares maiores recorrentes em pacientes com infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST submetidos à intervenção coronariana percutânea primária é controversa. Objetivo: Verificar se a proteína C-reativa ultrassensível está associada a risco aumentado de eventos cardiovasculares maiores, como morte, insuficiência cardíaca, reinfarto e nova revascularização, em pacientes com infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST tratados com intervenção coronariana percutânea primária. Métodos: Coorte prospectiva, incluindo 300 indivíduos maiores de 18 anos admitidos em um centro terciário com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST submetidos à intervenção coronariana percutânea primária. Utilizou-se instrumento contendo variáveis clínicas e escores de risco TIMI e GRACE, além da proteína C-reativa ultrassensível analisada por nefelometria. Os pacientes foram acompanhados na internação e até 30 dias após o infarto para a ocorrência de eventos cardiovasculares maiores recorrentes. Na análise estatística, foram utilizados os testes t de Student, Mann-Whitney, qui-quadrado e regressão logística. O valor de p ≤ 0,05 foi considerado significativo. Resultados: A média de idade foi de 59,76 anos, sendo 69,3% do gênero masculino. Não houve associação estatisticamente significativa entre proteína C-reativa ultrassensível e eventos cardiovasculares maiores recorrentes (p = 0,11). No entanto, a proteína C-reativa ultrassensível foi associada a óbito em 30 dias, de forma independente, quando ajustada para o escore TIMI (razão de chances de 1,27; intervalo de confiança de 95% de 1,07-1,51; valor de p = 0,005) e GRACE (razão de chances de 1,26; intervalo de confiança de 95% de 1,06-1,49; valor de p = 0,007). Conclusão: Embora a proteína C-reativa ultrassensível não tenha sido preditora de eventos cardiovasculares maiores combinados até o 30° dia de evolução de infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST, em pacientes submetidos à angioplastia primária e implante de stent, ela foi um preditor independente de mortalidade em 30 dias.
ASSUNTO(S)
proteína c-reativa infarto do miocárdio / mortalidade eletrocardiografia diagnóstico prognóstico
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