Proyectar la memoria: del ordo nacional a la reapropiación crítica

AUTOR(ES)
FONTE

Transinformação

DATA DE PUBLICAÇÃO

2003-04

RESUMO

Os seres humanos, historicamente, têm fixado suas memórias em uma diversidade crescente de meios. Atualmente, no entanto, longe da expansão criativa de novos suportes, os meios reduzem-se, de forma crescente, aos objetos digitais. Assegura-se, desse modo, a integração, mas garante-se também a sua total dependência da mediação externa. Nesta era de lembranças neuróticas, deve-se ter consciência de que a digitalização não promove apenas vantagens, como as indústrias culturais querem nos fazer crer, mas também desvantagens, especialmente em relação aos valores culturais, à liberdade da memória, à heteroconstrução de identidades e ao controle do cidadão pelo próprio suporte. Esses aspectos são frequentemente ignorados pelo pensamento dominante na Pesquisa em Organização do Conhecimento, sendo alimentado como tendência pelas elites dogmáticas. O poder é sempre projetado para se perpetuar e a memória é atualmente reescrita a partir dessa agenda imaginária. A comparação entre unidades hipotéticas da memória, confinadas em registros limitados e a figura geométrica de um cubo, apesar da redução metafórica, leva a diversas asserções, algumas delas pragmáticas, essenciais para colocar a Pesquisa em Organização do Conhecimento em uma posição, em larga medida pós-epistemológica, na qual a reflexividade e a complexidade devem comandar tanto as diretrizes quanto as ações dos pesquisadores e profissionais. Isso porque a interação da memória não é explicitável, constituindo-se em uma complexa rede de significados aberta para a instabilidade e a constante readaptação a "atratores culturais". A construção da exomemória é influenciada por preconceitos locais ou globais, dados historicamente por instâncias que se encontram além do alcance dos cidadãos. Um deles é a ordem nacional, uma tendência que inunda toda a existência, da autoconsciência lingüística à engenharia do conhecimento. A teoria da Organização do Conhecimento deveria estar comprometida com o desvelamento dos preconceitos ao atuar nos processos de organização e representação promovendo não a recusa preconcebida, mas a renegociação da presença de sua retórica invisível e real na construção da memória digital.

ASSUNTO(S)

pesquisa em organização do conhecimento memória digital teoria

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