Purificação e caracterização de uma proteina toxica isolada das glandulas submandibulares de camundongos machos

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DATA DE PUBLICAÇÃO

1997

RESUMO

Este trabalho foi realizado com o objetivo de isolar e carac terizar quimicamente uma proteína tóxica das glândulas submandibulares de camundongos machos, e observar histológica e macroscopicamente seu efeito biológico. Foram utilizadas 34 g de glândulas submandibulares de camundongos machos, de 3 meses de idade, para a obtenção do extrato glandular cru. Este extrato foi aplicado a uma coluna de DEAE Celulose equilibrada com tampão Tris HCI 0,05 M pH 7,6. A coluna foi lavada com 800 ml do mesmo tampão. O eluente obtido constitui a Fração I. Após a lavagem a coluna foi eluída seqüencialmente, com tampão Tris - NaCI 0,1 M (Fração, II) e tampão Tris - NaCI 0,3 M (Fração III). As frações protéicas foram concentradas por ultrafiltração e avaliada sua atividade tóxica e enzimática (Hidrólise do éster sintético BAPNA). A fração mais ativa (lI), foi dialisada contra tampão Tris - HCI pH 7,6 e aplicada a uma coluna de DEAE-Sephadex equilibrada com o mesmo tampão. As proteínas da coluna foram eluídas seqüencialmente por diferença de pH com os tampões Fosfato 0,1 M pH 7,0; 6,0 e 5,0. A fração mais ativa foi a obtida com tampão Fosfato 0,1 M pH 7,0 (`F IND. 2´ `P IND. 1´). Esta fração foi aplicada a uma coluna de Sephadex G-100 e as frações protéicas foram eluídas com o Tampão Tris HCI 0,05 M pH 7,0. A fração mais ativa, determinada pelos ensaios de toxicidade foi a `F IND. 2´ `P IND. 1´ -1. Eletroforese em gel de poliacrilamida desta fração apresentou uma banda de proteína e a determinação do peso molecular foi realizada utilizando-se da técnica de eletroforese em gel de poliacrilamida a 10% contendo SDS. Os resultados obtidos da cromatografia em DEAE Celulose apresentaram três picos de proteínas, eluídas seqüencialmente por força iônica com soluções de NaCI; a eluição da Fração II da coluna de DEAE Sephadex por diferença de pH apresentou dois picos de proteínas. A fração ativa corresponde ao Pico I, eluído com Tampão Fosfato 0,1 M pH 7,0. Todas as frações apresentaram atividade esterásica, utilizando o BAPNA como substrato. As alterações dos órgãos dos ratos injetados com a fração ativa, mostrou pulmão hemorrágico, pâncreas com inflamação aguda e degeneração, fígado hemorrágico e estômago engurgitado, repleto de suco gástrico de baixa acidez. A caracterização química e a atividade biológica desta proteína nos leva a concluir que ela é uma esterase com características tóxicas especiais que diferem das outras esterases tóxicas isoladas das glândulas submandibulares de camundongos, o que vem certificar que as glândulas submandibulares de camundongos machos são ricas em proteínas tóxicas e que a maioria delas apresenta atividade esteroproteolítica

ASSUNTO(S)

glandulas salivares proteinas - separação toxicidade - testes

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