Qualidade de vida e percepção sobre impacto em três diferentes tipos de epilepsias
AUTOR(ES)
Dourado, Marcos Vidal, Alonso, Neide Barreira, Martins, Heloise Helena, Oliveira, Arthur Raymundo Chaves, Vancini, Rodrigo Luiz, Lima, Cristiano de, Dubas, João Paulo, Caboclo, Luís Otávio Sales Ferreira, Guilhoto, Laura M F Ferreira, Yacubian, Elza Márcia Targas
FONTE
Journal of Epilepsy and Clinical Neurophysiology
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007-12
RESUMO
OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo avaliar a qualidade de vida (QV) em três diferentes grupos de epilepsia e verificar a esfera percebida como de maior impacto na vida diária. METODOLOGIA: A amostra foi composta por 57 pacientes com epilepsias focais e generalizadas do Hospital São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, divididos em três grupos, epilepsias do lobo temporal (ELT), extratemporais (Extra-ELT) e generalizadas idiopáticas (EGI). Os pacientes responderam a um questionário preliminar para identificar a percepção sobre os aspectos mais comprometidos em suas vidas. A QV foi avaliada por meio da versão brasileira do Quality of Life in Epilepsy Inventory 31 (QOLIE-31). A correlação dos domínios do QOLIE-31 com a duração da epilepsia e freqüência de crises foi definida pela inspeção dos gráficos de dispersão e pela correlação de Pearson e de Spearman. Foram considerados significantes os valores de p < 0,05. RESULTADOS: Dificuldades nas relações interpessoais, familiares e sociais foram apontadas como a esfera de maior impacto relacionado à epilepsia, citada por 13 (22,81%) pacientes. O QOLIE-31 mostrou resultado semelhante nos três diferentes tipos de epilepsia, com exceção do domínio Funcionamento Cognitivo. Os escores deste domínio foram significativamente menores (p = 0,01) no grupo com Extra-ELT (38,4) do que nos grupos ELT (52,6) e EGI (62,6). A duração da epilepsia não influenciou na QOL nesta amostra, porém foi observada uma correlação estatística significante entre a freqüência de crises e os domínios Efeitos da Medicação (p = 0,0476, alfa = 0,05) e Preocupação com Crises (p = 0,0463, alfa = 0,05). A freqüência de crises mostrou ainda uma diferença estatisticamente significante (p = 0.007) no grupo com Extra-ELT, que apresentou mais crises/paciente, quando comparado aos demais grupos. CONCLUSÕES: Os pacientes identificaram as relações interpessoais, familiares e sociais como sendo a área mais afetada pela epilepsia. O domínio Funcionamento Cognitivo mostrou-se como fator determinante na QOL do grupo Extra-ELT. A freqüência de crises influenciou a QOL nos domínios Preocupação com Crises e Efeitos da Medicação nos três grupos.
ASSUNTO(S)
qualidade de vida (qv) qolie-31 epilepsia do lobo temporal (elt) epilepsia extratemporal (extra-elt) epilepsia generalizada idiopática (egi) percepção sobre o impacto da epilepsia
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