Qualidade de vida versus condições de vida: um binômio dissociado
AUTOR(ES)
Scopinho, Rosemeire Aparecida
FONTE
Trab. educ. saúde
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009-11
RESUMO
Neste artigo, defendo que as políticas de promoção da qualidade de vida no trabalho atualmente adotadas pelas empresas podem servir como um paliativo para aliviar os sintomas provocados pela intensificação do trabalho, mas não logram resolver as causas estruturais dos problemas enfrentados pelos trabalhadores. Reforço esta idéia argumentando que a necessidade de 'humanizar' o trabalho tem tradição na preocupação gerencial e, reafirmando a polissemia, a não materialidade e a relatividade do conceito de 'qualidade de vida no trabalho', demonstro que ele é um modismo gerencial que assume sentidos distintos nas representações de gestores e de trabalhadores e que, atualmente, o trabalho não oferece condições para que os trabalhadores realizem o processo de adaptação biopsicossocial necessário para garantir a vida. Defendo a adoção da noção de 'condições de vida' porque ela remete ao controle dos trabalhadores sobre as relações e condições de trabalho como uma possibilidade, o que requer entender o processo de produção de conhecimento sobre o trabalho como representações socialmente construídas e partilhadas.
ASSUNTO(S)
trabalho e condições de vida gestão do trabalho qualidade de vida no trabalho
Documentos Relacionados
- Audição, zumbido e qualidade de vida: um estudo piloto
- Qualidade de Vida: uma fórmula?
- Estresse, Enfrentamento e Qualidade de Vida: Um Estudo Sobre Gerentes Brasileiros
- Migração e qualidade de vida: um estudo psicossocial com brasileiros migrantes
- Adição ao trabalho e qualidade de vida: um estudo com médicos