Radiação gama natural de distintos litotipos e a estimativa de dose a eles associada, em municipios do leste do Estado de São Paulo

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2002

RESUMO

Dados de gama espectrometria aérea foram processados com o objetivo de se estimar a dose de radiação gama outdoor para uma área de aproximadamente 11500 km2, a leste do Estado de São Paulo, Brasil. A área abrange a cidade de Campinas e arredores, incluindo mais de cinqüenta outros municípios. De forma a reconhecer o método de interpolação mais conveniente para os dados em questão, uma análise residual foi realizada para malhas construídas por diferentes métodos de interpolação. A confiabilidade dos dados processados foi avaliada comparando as estimativas de dose obtidas através da gama espectrometria aérea para a Suíte 1ntrusiva de 1tu e para o Complexo Granitóide São Roque, com as obtidas por levantamentos terrestres apresentados na literatura. Esta comparação mostra uma diferença de cerca de 20 % devido, provavelmente, ao empobrecimento de elementos radioativos por processos de formação de solos e atenuação causada pela cobertura vegetal e umidade. As estimativas de dose foram interpretadas como função dos diferentes litotipos presentes na área de estudo, o que revelou resultados consistentes. As rochas ígneas ácidas da região contribuem em média para a razão de dose de radiação outdoor com 95,9 nGy/h, enquanto as ígneas básicas com 56,5 nGy/h. A contribuição média das rochas sedimentares para a razão de dose de radiação é de 51,2 nGy/h. O metamorfismo não deve afetar significativamente a concentração de radioelementos - a contribuição média para a razão de dose estimada para o Complexo Varginha (rochas ígneas ácidas metamorfizadas) é de 96,0 nGy/h e para o Complexo Amparo (quartzitos) é de 31,4 nGy/h. Médias de dose de radiação por município foram calculadas para cinqüenta municípios da área em estudo. As médias municipais variam de 39,7 nGy/h em Engenheiro Coelho a 110,5 nGy/h em Votorantim. Valores medianos foram estimados para Campinas, 1tu e Paulínia (69,3 nGy/h, 66,3 nGy/h, 61,1 nGy/h, respectivamente). A média ponderada pelas populações municipais é de 65,2 nGy/h, um pouco acima da média mundial (57 nGy/h). As estimativas de dose de radiação aqui apresentadas são semelhantes às publicadas na literatura para áreas contendo rochas similares. Para esses níveis de dose não se tem mostrado efeitos prejudiciais à saúde de seres humanos

ASSUNTO(S)

são paulo (estado) espectrometria de raio gama geofisica radiação geologia

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