Realismos Autoritário e Liberal: Aspectos da Imaginação sobre Representação Política em Fins do Século XIX e Princípios do XX

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-09

RESUMO

RESUMO O artigo explora a premissa de contraste estrito entre “idealistas utópicos” e “orgânicos” suposta por autores que, a despeito de importantes diferenças analíticas e geracionais, se alinham num dos mais destacados cânones do pensamento político brasileiro: Oliveira Vianna, Guerreiro Ramos e Wanderley Guilherme dos Santos. No lugar do rígido dualismo, sugerimos importantes afinidades entre os ditos utópicos e orgânicos. Atentos ao tema da representação política, abordaremos os dois universos intelectuais em questão a partir das obras dos liberais José de Alencar, Assis Brasil e Gilberto Amado, de um lado, e dos autoritários Alberto Torres e Oliveira Vianna, de outro. A nosso ver, os dois grupos de autores convergem no diagnóstico sobre a condição sociológica nacional (clânica e parental) e também na sua imaginação de futuro (afinada com as expectativas de unidade nacional e iniciativa política do Estado). O contraste inequívoco entre os grupos reside sobretudo nos diferentes atores e estratégias de ativação estatal: entre os liberais, o parlamento opera conflito desejável entre as partes que disputam concepções de interesse público; entre os autoritários, a razão de Estado é própria de um sujeito cognoscente privilegiado, o governante, a quem cabe imprimir unidade às cenas social e política.

ASSUNTO(S)

autoritarismo instrumental liberalismo brasileiro primeira república oliveira vianna assis brasil

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