Reconstrução mamária de resgate: a importância dos retalhos miocutâneos
AUTOR(ES)
Cosac, Ognev Meireles, Camara Filho, João Pedro Pontes, Cammarota, Marcela Caetano, Di Lamartine, Jefferson, Daher, José Carlos, Borgatto, Marina de Souza, Esteves, Bruno Peixoto, Curado, Dhyego Molinari di Castro
FONTE
Rev. Bras. Cir. Plást.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-03
RESUMO
INTRODUÇÃO: A reconstrução mamária pode apresentar um resultado estético insatisfatório ou complicações que comprometam o resultado final. Nesses casos, pode-se realizar a reconstrução mamária de resgate, que é definida como uma revisão completa de uma reconstrução prévia, em caso de resultado insatisfatório ou falha da primeira reconstrução. Este trabalho tem como objetivo reportar a experiência dos autores na realização da reconstrução mamária de resgate pós-mastectomia por câncer de mama. MÉTODO: Estudo retrospectivo de prontuários de pacientes submetidas a reconstrução mamária de resgate, no período de março de 2002 a março de 2012. RESULTADOS: Foram identificados 57 casos de reconstrução mamária de resgate. Com relação à cirurgia inicial, 20 foram realizadas com próteses, 16 com retalho miocutâneo do músculo reto abdominal (TRAM), 11 com expansores, 6 cirurgias conservadoras e 4 com retalho miocutâneo do músculo grande dorsal (RGD). A principal causa de falha das reconstruções foi por motivos estéticos, seguida de necrose, contratura capsular e infecção e/ou exposição de implantes. A reconstrução de resgate foi realizada em 27 pacientes com emprego de RGD (P < 0,0001), em 16, com TRAM, e em 14, com material aloplástico. Em 57,9% dos casos, o cirurgião que realizou a reconstrução de resgate não foi o cirurgião da reconstrução inicial. CONCLUSÕES: A maioria das cirurgias que apresentaram resultados insatisfatórios foi realizada com materiais aloplásticos, sendo a principal causa o aspecto estético deficiente. As reconstruções de resgate foram realizadas principalmente com retalhos miocutâneos e por profissionais diferentes da primeira cirurgia. Os retalhos miocutâneos apresentam boa aplicabilidade nas reconstruções de resgate, por fornecerem tecido sadio e bem vascularizado a uma área manipulada previamente.
ASSUNTO(S)
mamoplastia mama neoplasias da mama retalhos cirúrgicos
Documentos Relacionados
- Explante de prótese mamária de silicone: reconstrução da mama pela técnica dos retalhos cruzados
- Projeto Resgate: História e arquivística (1982-2014)
- Laringectomia total de resgate: o uso de retalho é necessário?
- Retalhos livres em dermatologia cirúrgica: comparação entre os retalhos livres fasciocutâneos e miocutâneos nas reconstruções faciais
- Bases anatômicas para utilização do músculo fibular terceiro em retalhos miocutâneos