Relações entre termoterapia, germinação, vigor e sanidade de sementes de tomate / Relationship between thermotherapy, germination, vigor and health of tomato seeds

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

O presente trabalho objetivou estudar a relação da termoterapia com o potencial fisiológico e sanidade de sementes de tomate, imediatamente após o tratamento e durante o armazenamento, identificando combinações eficientes de temperatura e período de exposição através do teste de sanidade e testes de vigor. O trabalho, dividido em dois experimentos diferenciados pelos tratamentos e métodos de secagem, foi realizado nos laboratórios de Análise de Sementes do Departamento de Produção Vegetal e Patologia de Sementes do Departamento de Fitopatologia da USP-ESALQ e no Centro de Pesquisa Mokiti Okada M.O.A. No experimento I, sementes de dois lotes dos cultivares de tomate UC-82 e Rio Grande foram submetidas à termoterapia úmida com diferentes combinações de tempo e temperatura (52, 53, 54, 55 e 60°C/30 e 60 min), além das testemunhas (sementes tratadas com fungicida e não tratadas) e secadas ao ar livre por 72 horas. Após o tratamento as sementes tiveram seus desempenhos e sanidades avaliados em duas épocas, após a secagem e após 90 dias de armazenamento, através dos testes de porcentagem e primeira contagem de germinação, velocidade e porcentagem de emergência de plântulas, lixiviação de potássio, envelhecimento acelerado e sanidade. No experimento II, as sementes dos mesmos lotes foram submetidas à termoterapia nas combinações de tempo e temperatura de 55°C/30 min e 60°C/60 min, além das testemunhas, sementes tratadas com fungicida e não tratadas. Após o tratamento, as sementes foram cobertas com papel toalha e secadas por 12 horas e, em seguida, avaliadas através dos testes de sanidade, porcentagem e primeira contagem de germinação e envelhecimento acelerado. Os resultados permitiram concluir que a termoterapia (água quente a 55°C/30 min) é uma opção consistente para o controle de fungos associados às sementes de tomate, sem prejudicar o potencial fisiológico das sementes, dependendo da qualidade inicial do lote; os tratamentos 52 a 54°C por 30 ou 60 min não causam prejuízo ao potencial fisiológico de sementes de tomate, enquanto o efeito do tratamento a 55°C/60 min está associado à qualidade inicial do lote; o tratamento com água quente a 60°C por 30 ou 60 min não constitui opção para o tratamento de sementes de tomate, pois é eficiente para o controle de fungos, mas é letal às sementes; os tratamentos com água quente variando de 52 a 55°C por 30 ou 60 min não são eficientes em eliminar a bactéria Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis e acarretam queda da resistência de sementes de tomate, tornando-as vulneráveis à manifestação dos sintomas de cancro bacteriano na plântula; o período de 90 dias de armazenamento em condições controladas (20°C e umidade relativa do ar de 50%) pode reduzir o potencial fisiológico de sementes de tomate tratadas com água quente, mas há necessidade de estudos adicionais com períodos maiores de armazenamento para obtenção de resultados mais consistentes; a termoterapia com água quente deixa as sementes de tomate vulneráveis à contaminação por fungos saprófitos, havendo necessidade de estudos adicionais para determinação de opções de tratamentos complementares que ofereçam efeito residual para evitar futuras contaminações, no armazenamento ou no substrato.

ASSUNTO(S)

germinação de sementes - vigor physiological potential thermotherapy tomato health test tomate - fisiologia. seeds armazenamento agrícola storage. sementes - patologia - tratamento térmico

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