Resistência de meloeiro a Bemisia Tabaci biótipo B

AUTOR(ES)
FONTE

Bragantia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Em âmbito mundial, a mosca-branca Bemisia tabaci (Genn.) biótipo B é praga-chave em diversas culturas. O uso de resistência varietal se destaca entre os métodos de controle, sendo considerado o método ideal. O objetivo do presente trabalho foi avaliar, em casa de vegetação, a resistência de 32 cultivares de meloeiro em relação a essa mosca-branca. Para atratividade, em 'Neve' observou-se o menor número de adultos na face abaxial das folhas (0,6 adulto/10 cm²), enquanto 'Nilo' foi a mais preferida (5,6 adultos/10 cm²). A oviposição foi avaliada em testes com e sem chance de escolha; em ambos, 'Neve' proporcionou o menor número de ovos, contrastando com 'Nilo', a cultivar com a maior média. A colonização da mosca-branca durante o ciclo das plantas foi avaliada por meio de uma escala de notas variando de 0 (ausência de colonização) até 6 (folha totalmente colonizada); 'Neve' destacou-se por sua reduzida colonização, sendo as mais altas médias obtidas em 'Imperial', 'Jangada', 'Vereda', 'Deneb' e 'Nilo'. Na duração do ciclo ovo-adulto da mosca-branca, que variou de 24,0 ('Neve') a 25,4 dias ('Jangada'), as cultivares não diferiram entre si. Quanto à emergência de adultos, as menores médias foram induzidas por Vereda' (68,2%) e 'Nilo' (69,3%), indicando a possível ocorrência de resistência do tipo antibiose nessas duas cultivares, enquanto as maiores médias ocorreram em 'Imperial' (90,9 %) e 'Deneb' (89,6%). Considerando-se os parâmetros avaliados, infere-se que 'Neve' é a cultivar mais resistente a B. tabaci biótipo B, podendo ser indicada para plantio em regiões onde essa praga ocorra de forma acentuada ou para uso em programas de melhoramento.

ASSUNTO(S)

insecta não-preferência resistência de plantas a insetos cucumis melo

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