Respiração microbiana e composição química de diferentes frações do sedimento de ambientes aquáticos da planície de inundação do alto Rio Paraná, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Biologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2001-05

RESUMO

Quatro frações do sedimento, de tamanhos diferentes, de seis ambientes da planície de inundação do alto Rio Paraná foram analisadas quanto ao teor de carbono, nitrogênio e fósforo e quanto à respiração microbiana (consumo de oxigênio). O tamanho das partículas não afetou o conteúdo de nitrogênio e fósforo ou a atividade microbiana, influenciando apenas o conteúdo de carbono (F = 4,274, df = 3; 20, p = 0,020). As concentrações de carbono das partículas ultrafinas foram significativamente menores que as concentrações das partículas de outros tamanhos. Os valores da respiração microbiana refletiram a composição química do sedimento, como demonstrado na análise de regressão múltipla. (respiração microbiana = -0,39 - 0,210C + 0,108N + 0,796P; F = 7,0495, p = 0,0022). Entretanto, o fósforo foi o elemento que melhor explicou a respiração microbiana (coeficiente parcial = 0,796, p = 0,0039, n = 23). Considerando que i) o fósforo foi o melhor preditor da respiração microbiana; ii) o fósforo é retido em uma série de reservatórios localizados a montante da planície de inundação estudada; e iii) a respiração microbiana é uma medida das taxas de decomposição e ciclagem de nutrientes, pode-se dizer que a acumulação dos detritos orgânicos ao longo do tempo e a redução da ciclagem de nutrientes nos ambientes da planície de inundação do alto Rio Paraná são prováveis impactos dessa diminuição do fósforo, causada pelos reservatórios a montante.

ASSUNTO(S)

respiração microbiana ciclagem de nutrientes planície de inundação frações do sedimento rio paraná

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