Respostas fisiológicas e bioquímicas do jeju Hoplerythrinus unitaeniatus (Characiformes, Erythrinidae) a exposição aérea.
AUTOR(ES)
Wagner dos Santos Mariano
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006
RESUMO
As respostas fisiológicas e bioquímicas de jeju, Hoplerythrinus unitaeniatus a exposição ao ar foram analisadas após 1(T1), 6 (T6) e 12 (T12) horas de exposição ao ar e 1 (TR1) e 6 (TR6) horas após o retorno ao ambiente aquático. As concentrações plasmáticas de cortisol e glicose foram significativamente maiores que as do grupo controle (T0) em 1 e 6 horas e 1, 6 e 12 horas em exposição ao ar, respectivamente. Desequilíbrio iônico e ácido-base durante exposição aérea foram evidenciados pela redução do Na+ e K+ plasmático e pH com subseqüente restauração do equilíbrio ácidobase quando o animal retornou ao meio aquático. Acúmulo de amônia foi observado em todos os grupos experimentais, aumentando progressivamente durante a exposição ao ar de 102,20 nmol/mL em T0 para 339,53 nmol/mL em T12. Durante recuperação em meio aquático, a amônia mostrou tendência a diminuir mas ainda foi significativamente maior do que a do grupo controle. A concentração de lactato mostrou tendência a aumento durante a exposição aérea, mais foi significativamente maior apenas após 1h de recuperação em meio aquático (de 4115,42 nmol/mL em T0 para 6423, 84 nmol/mL no grupo TR1) enquanto que o piruvato aumentou após 6 horas de recuperação (de 171,87 nmol/mL no T0 para 243,96 nmol/mL no TR6) no meio aquático. O hematócrito, número de eritrócitos, concentração de hemoglobina e concentração de hemoglobina corpuscular média aumentaram significativamente nos animais expostos ao ar atmosférico. Durante a primeira hora de exposição ao ar houve aumento de hidroperóxidos de lipídeos (HP). Durante a exposição aérea ocorreu diminuição da atividade da catalase (CAT) e da superóxido dismutase (SOD) e aumento da atividade glutationa peroxidase (GPX). A exposição ao ar atmosférico pode ser caracterizada como um agente estressor para H. unitaeniatus e implica em ajustes fisiológicos para manter a transferência do O2 atmosférico para os tecidos e a homeostase e mobilização de energia.
ASSUNTO(S)
hoplerythrinus unitaeniatus metabolismo oxidativo peixe fisiologia comparada fisiologia comparada estresse
ACESSO AO ARTIGO
http://www.bdtd.ufscar.br/htdocs/tedeSimplificado//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1059Documentos Relacionados
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