Resultados iniciais e tardios de diabéticos tratados com stents farmacológicos do Registro Safira
AUTOR(ES)
Marchini, Julio Flávio Meirelles, Salman, Adnan Ali, Cristóvão, Salvador Andre Bavaresco, Carnieto, Nadia de Mendonça, Mauro, Maria Fernanda Zuliani, Erudilho, Eduardo, Garcia, Raphael Moura, Oliveira, Fernanda Joslin, Elias, Gabriel Gonzalo Penaranda, Soares, Breno Abrahão Maués, Cunha, Antonio Carvalho, Mangione, J. Armando
FONTE
Rev. Bras. Cardiol. Invasiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013
RESUMO
INTRODUÇÃO: O tratamento percutâneo da doença arterial coronária foi revolucionado pelo uso dos stents farmacológicos (SF). No entanto, sua utilização na prática diária envolve pacientes com características clínicas e angiográficas mais complexas dos que aquelas encontradas em estudos randomizados. Este registro se propôs a caracterizar, em nosso meio, diabéticos e seus desfechos clínicos após implante de SF. MÉTODOS: Registro unicêntrico, prospectivo, que arrolou pacientes consecutivos submetidos a implante de SF. Foram registrados dados clínicos, angiográficos e do procedimento, assim como os desfechos hospitalares e tardios. A avaliação do desfecho primário, composto por óbito cardíaco, infarto agudo do miocárdio ou revascularização da lesão-alvo, foi realizada comparando-se pacientes diabéticos e não diabéticos. RESULTADOS: Avaliamos 1.670 pacientes tratados com SF no período de 2002 a 2012, com seguimento de 3,2 ± 2,5 anos. Um terço dos pacientes era diabético e apresentou sobrevivência livre de eventos menor que os não diabéticos (79,4% vs. 82,6%; P = 0,02). A razão de risco ajustada, no entanto, foi de 1,22 (IC 95%, 0,89-1,69) - não significativa. Ao analisar o subgrupo dos pacientes em uso de insulina, encontramos sobrevivência livre de eventos significativamente menor que a dos demais, enquanto que os diabéticos que não estavam em uso de insulina mostraram comportamento semelhante ao dos não diabéticos (68,7% vs. 83,9% vs. 82,8%, respectivamente; P < 0,01). A razão de risco ajustada foi 1,72 (IC 95%, 1,13-2,63) vez maior para os diabéticos em uso de insulina em comparação aos demais pacientes. CONCLUSÕES: O uso de SF traz benefícios para todos os diabéticos, especialmente para os que não utilizam insulina.
ASSUNTO(S)
doença das coronárias diabetes mellitus tipo 2 stents farmacológicos intervenção coronária percutânea
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