Seca e alagamento como determinantes da dinâmica da comunidade de cerrados estacional e hiperestacional
AUTOR(ES)
Cianciaruso, MV., Batalha, MA.
FONTE
Brazilian Journal of Biology
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009-05
RESUMO
Na América do Sul, a maior região de savana é o cerrado brasileiro. Estudamos as mudanças na composição florística, riqueza, densidade de espécies, densidade de plantas e volume cilíndrico em um cerrado estacional comparando-o com um cerrado hiperestacional adjacente. Em quatro estações do ano, sorteamos dez parcelas de 1 m² em cada formação vegetal, nas quais amostramos todas as plantas vasculares. Mudanças estacionais na composição florística, densidade de espécies e densidade de plantas foram menos pronunciadas no cerrado estacional. A similaridade entre os cerrados foi menor quando o cerrado hiperestacional estava alagado. A riqueza e a densidade de espécies foram maiores no cerrado estacional, que atingiu o pico de biomassa no meio da estação chuvosa. O cerrado hiperestacional, por sua vez, atingiu o pico de biomassa no começo da estação chuvosa e, apesar do alagamento, o manteve até o final da estação chuvosa. No cerrado hiperestacional, o alagamento atua como um filtro ambiental restringindo o número de espécies de cerrado capazes de tolerá-lo. A comunidade do cerrado estacional foi mais estável que a do cerrado hiperestacional. Nossos resultados corroboraram a idéia de que mudanças de curto prazo nos filtros ambientais das savanas afetam a sua composição florística e estrutura.
ASSUNTO(S)
diversidade parque nacional das emas hiperestacionalidade savana estacionalidade
Documentos Relacionados
- Diversidade taxonômica e formas de vida em cerrados hiperestacional e estacional no Brasil Central (Parque Nacional das Emas, GO).
- Características edáficas de um cerrado hiperestacional em comparação com um cerrado estacional e um campo úmido: implicações para a estrutura da comunidade vegetal
- Modos de dispersão e períodos de frutificação em savanas hiperestacional e estacional, Brasil central
- Dinâmica da comunidade arbórea de uma floresta estacional decidual no norte de Minas Gerais.
- Dinâmica da comunidade arbórea em uma floresta estacional semidecidual sob queimadas recorrentes