Seleção de espécies de abelhas para avaliação de risco ambiental de algodoeiro GM no Cerrado brasileiro

AUTOR(ES)
FONTE

Pesq. agropec. bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-08

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi listar espécies de abelhas candidatas potenciais para análise de risco ambiental (ARA) de algodoeiros geneticamente modificados (GM) e identificar as espécies de abelhas mais adequadas para essa finalidade, de acordo com sua abundância e distribuição geográfica. Inventários de abelhas em flores de algodoeiro foram realizados nos estados da Bahia e do Mato Grosso, e no Distrito Federal. Durante 344 horas de amostragem, foram coletadas 3.470 abelhas de 74 espécies, em oito locais. Apis mellifera dominou as assembleias de abelhas em todos os locais. A amostragem em dois locais que não receberam aplicação de inseticidas foi suficiente para identificar as três species de abelhas silvestres mais comuns e de distribuição geográfica mais ampla: Paratrigona lineata, Melissoptila cnecomola e Trigona spinipes, as quais poderiam ser usadas como indicadoras de serviços de polinização na ARA. A ordenação indireta de espécies silvestres comuns revelou que os inseticidas reduziram o número de espécies de abelhas nativas e que a variação interanual nas assembleias de abelhas pode ser baixa. As curvas de acumulação de espécies raras de abelhas não saturaram, conforme esperado em regiões tropicais e megadiversas. As abordagens baseadas em espécies são limitadas para avaliar os impactos negativos de algodoeiros GM sobre a diversidade biológica de polinizadores. A taxa de acumulação de espécies raras de abelhas, no entanto, pode ser útil para avaliar os possíveis efeitos negativos de algodoeiros GM sobre a diversidade de abelhas.

ASSUNTO(S)

gossypium hirsutum diversidade biológica avaliação de risco ambiental serviços de polinização culturas transgênicas abelhas silvestres.

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