Sensibilidades e representações urbanas na transferência da capital de Minas Gerais

AUTOR(ES)
FONTE

História (São Paulo)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011-06

RESUMO

O artigo analisa as representações urbanas geradas a partir da ruptura experimentada por contemporâneos da mudança da capital de Minas Gerais, na última década do século XIX. A construção de uma cidade moderna, Belo Horizonte, para sediar a Capital de Minas Gerais, logrou inscrever no espaço as marcas do poder republicano que ascendia no Brasil, em substituição à antiga Ouro Preto, sede de governo e símbolo incontestável do domínio colonial e da administração da Monarquia recém destituída. As imagens urbanas evidenciadas no discurso político, em crônicas, notícias de jornais, pequenos gestos de recordação ou mesmo escritas literárias são expressivas de uma nova sensibilidade urbana que emerge no processo de transferência da Capital. Eram sentimentos e percepções que oscilavam entre temores, saudosismos e encantamentos provocados pelo movimento simultâneo de abandono e invenção de uma cidade-capital. Muitas dessas imagens se incorporaram ao imaginário urbano e ainda hoje contribuem para as formulações identitárias de ambas as cidades - Ouro Preto e Belo Horizonte.

ASSUNTO(S)

história urbana cidade-capital imagem urbana imaginário urbano patrimônio cultural

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