Sistemas de conduÃÃo em videira: anÃlises agronÃmica e ecofisiolÃgica / Training Systems in the grapevine: Agronomic and ecophysiologic analyses

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

O sistema de conduÃÃo pode afetar significativamente o crescimento vegetativo da videira, modificando o microclima em termos de radiaÃÃo solar e de temperatura, com conseqÃÃncias diretas tanto na qualidade quanto na produtividade do vinhedo. Neste contexto, o presente trabalho foi desenvolvido na EstaÃÃo de Viticultura e Enologia de Caldas EPAMIG, Caldas â MG, e teve como objetivo avaliar o efeito do sistema de conduÃÃo sobre as caracterÃsticas agronÃmicas e ecofisiolÃgicas da videira (Vitis labrusca L.), durante as safras 2003, 2004 e 2005. Utilizaram-se as variedades âNiÃgara Rosadaâ para mesa e âFolha de Figoâ para produÃÃo de vinhos; como Porta - enxerto utilizou-se o â420-Aâ. O delineamento experimental utilizado foi o DIC em fatorial 4x2. Os sistemas de conduÃÃo adotados foram cordÃo simples, latada, espaldeira e lira. Foram avaliadas as seguintes variÃveis: peso e nÃmero mÃdio de ramos, fenologia da brotaÃÃo, floraÃÃo e maturaÃÃo, crescimento dos ramos, nÃmero de cachos, produÃÃo/planta, produtividade estimada/ ha, anÃlise quÃmica dos frutos, Ãcidos orgÃnicos, sÃlidos solÃveis totais (ÂBrix), acidez total titulÃvel (meq.L-1) e pH., superfÃcie foliar primÃria, secundaria e total, superfÃcie foliar exposta, potencial hÃdrico, trocas gasosas e anatomia foliar. Pelos resultados obtidos, verificou-se que na mÃdia das trÃs safras, os sistemas espaldeira, latada e lira foram superiores aos demais sistemas; os sistemas latada e espaldeira apresentaram menor intervalo entre a poda e o estÃgio final de maturaÃÃo nas variedades âFolha de Figoâ e âNiÃgara Rosadaâ, para as plantas conduzidas nos sistemas latada e espaldeira verificou-se uma certa precocidade em todas as fases fenolÃgicas. O porte descendente promovido pelo sistema de conduÃÃo cordÃo simples induziu um menor crescimento de ramos em ambas as variedades. Em mÃdia, a maior produtividade foi verificada no sistema lira e a menor, no cordÃo simples. Os teores de Ãcido mÃlico e tartÃrico na âFolha de figoâ e âNiÃgara rosadaâ diminuÃram durante a maturaÃÃo dos frutos; o cordÃo simples foi superior aos demais sistemas em degradar o Ãcido mÃlico atà a terceira semana, para as duas variedades, porÃm nas demais semanas amostradas nÃo houve diferenÃa significativa entre os sistemas. Para o Ãcido tartÃrico, no sistema de conduÃÃo cordÃo simples apresentou uma degradaÃÃo mais acentuada, todavia acumulando mais Ãcido na semana posterior, visto que nas demais nÃo houve diferenÃas significativas.A acidez total na âFolha de Figoâ foi maior no cordÃo simples e os sÃlidos solÃveis na latada, na âNiÃgara Rosadaâ. Os sistemas latada, espaldeira e lira proporcionaram pH semelhante. O sistema cordÃo simples conferiu menor superfÃcie foliar total em ambas as variedades, em todas safras avaliadas. Tanto o sistema espaldeira quanto o cordÃo simples conferiram a menor superfÃcie foliar exposta. Os sistemas cordÃo simples e latada conferiram os menores valores de potencial hÃdrico para as duas variedades em ambas as fases fenolÃgicas, finais de floraÃÃo e prÃ-colheita. De maneira geral, verificou-se que os resultados da taxa de assimilaÃÃo fotossintÃtica das folhas nÃo permitiram evidenciar o efeito dos sistemas de conduÃÃo sobre as trocas gasosas das plantas estudadas. As plantas conduzidas no sistema em latada propiciaram uma maior espessura total de folha, justificando que as plantas conduzidas neste sistema tenham sido mais interceptadas pelos raios solares.

ASSUNTO(S)

caracteristica agronÃmica agronomic characteristics agronomia ecofisiolÃgia ecophysiologic grapevine uva

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