Sustentabilidade das escolas municipais de ensino fundamental: estudo de caso em Ubatuba, Estado de São Paulo, Brasil / Tecendo a sustentabilidade das escolas municipais de Ubatuba.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

09/03/2009

RESUMO

A educação ambiental (EA) foi apontada como uma estratégia fundamental na edificação de Sociedades Sustentáveis. Propondo à escola um novo modo de ser e de agir sobre a formação das futuras gerações e fundamentada na cidadania ambiental e cultura da paz, objetiva habilitar os educandos a valorizar e viver de maneira adaptada à seu contexto natural e cultural. Um importante caminho para a promoção da EA formal é a utilização do ambiente escolar enquanto objeto de reflexão-ação-reflexão dos valores e práticas sustentáveis. Objetivamos discutir as potencialidades e os limites da utilização do ambiente escolar enquanto objeto da EA. Valendo-se da ciência ambiental, propiciamos a interface entre a Educação, a Ecologia e a Arquitetura, através do estudo de caso sobre as escolas municipais de ensino fundamental básico (EMEFB) de Ubatuba/SP. Utilizamos, de forma conjugada, instrumentos metodológicos quantitativos e qualitativos: visita nas 30 EMEFB (uso de planilha de observação de campo, entrevistas semi-estruturadas e registro fotográfico), pesquisa sobre instituições que promovem a EA voltados à sustentabilidade escolar e permacultura. Dentre os resultados da pesquisa em Ubatuba destacamos: 1) A predominância da noção por parte dos educadores de que a EA deveria partir da intervenção na realidade, atuando cotidianamente no hábitat e hábitos dos educandos; 2) As EMEFB de Ubatuba são insustentáveis (dimensões ecológica, econômica, políticopedagógica e sociocultural); 3) Existem boas iniciativas de EA, que devem ser difundidas entre os demais educadores, contudo a maioria dos projetos é pontual e descontínua; 4) A EA não faz parte do Projeto Político-pedagógico das escolas, nem foi citada como estratégia da gestão escolar; 5) A atuação das organizações não-governamentais é determinante para a prática da EA nas escolas. Concluímos que, tão relevante quanto a construção de um ambiente educativo desde o planejamento da escola, é o seu caminhar para a constituição deste ambiente através da vivência prática (pedagogia do ambiente). Este processo é o promotor tanto do aprendizado dos educandos, quanto da formação continuada dos educadores e da integração da comunidade. Embora o Conselho escolar tenha grande responsabilidade para incentivar este processo, é a Secretaria de educação quem deve assumir a tarefa de propor estratégias para a realização da EA na implementação de ambientes educativos sustentáveis.

ASSUNTO(S)

educação ambiental environmental education environmental pedagogy escola sustentável gestão escolar pedagogia do ambiente. school management sustainable school

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